4 de outubro de 2024

Membros da cúpula do governo do Amazonas são liberados após depoimento na sede da PF

O grupo está sendo investigado por suspeita de manipulação nas eleições municipais de Parintins, interior do estado, no âmbito da Operação ‘Tupinambarana Livre’, deflagrada nesta quinta-feira (3). Carro com tenente-coronel Jackson Ribeiro chega à sede da PF em Manaus para prestar depoimento
Lucas Macedo/g1 AM
Três secretários de estado e dois policiais militares, alvos da operação Tupinambarana Livre, deflagrada pela Polícia Federal (PF) na manhã desta quinta-feira (3), foram liberados após serem ouvidos pelas autoridades na sede da PF. O grupo está sendo investigado por suspeita de manipulação nas eleições municipais de Parintins, interior do estado.
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A investigação partiu de um vídeo, datado de 2 agosto deste ano, que mostra uma reunião entre os secretários e os PMs, onde admitem que compraram votos em eleições passadas, que seguiram viaturas da Polícia Federal nas eleições para praticar crimes longe dos agentes, e que vão trazer bandidos envolvidos com milícias e crime organizado à cidade para serem presos em uma operação “forjada” pela polícia.
Após o cumprimento de cinco mandados de busca e apreensão em diferentes endereços da capital amazonense, os investigados foram conduzidos a superintendência da PF em Manaus. No local, os agentes colheram depoimentos por pouco mais de 1h30.
Foram ouvidos pela polícia o diretor presidente da Companhia de Saneamento do Amazonas (Cosama), Armando do Valle, o secretário de Estado de Cultura e Economia Criativa, Marcos Apolo Muniz e o secretário de Estado de Administração, Fabrício Barbosa.
Também foram ouvidos o comandante das Rondas Ostensivas Cândido Mariano (Rocam), tenente-coronel Jackson Ribeiro, capitão Guilherme Navarro, chefe do setor de inteligência da Rocam e a proprietária da casa onde a reunião foi feita, Adriana Cidade, prima e ex-assessora do deputado estadual licenciado Roberto Cidade (União Brasil), que é candidato a prefeito de Manaus.
Segundo a PF, ninguém foi preso. As investigações vão continuar afim de esclarecer o cometimento de crimes eleitorais em benefício a candidatura apoiada pelo governador Wilson Lima no município de Parintins.

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