4 de outubro de 2024

Estudante de 16 anos cria sensor de radiação solar para prevenir câncer de pele: ‘pode salvar vidas’

A jovem Camila Feitosa, de Teresina, vai representar o Piauí e o Nordeste no Festival de Ciência e Tecnologia da Tunísia, previsto para março de 2025. Sensor visa prevenir, além do câncer, outras doenças causadas pelo excesso de exposição ao sol. Jovem cientista cria sensor que pode ajudar na prevenção do câncer de pele
A estudante Camila Feitosa, de 16 anos, criou um sensor que mede a radiação solar e pode auxiliar na prevenção ao câncer de pele. O dispositivo detecta e quantifica a radiação ultravioleta e alerta as pessoas sobre o nível de exposição ao sol.
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O projeto foi apresentado pela primeira vez em maio do ano passado, na Feira Mineira de Iniciação Científica (Femic), em que Camila ganhou o primeiro lugar na categoria saúde. Agora, a jovem vai representar o Piauí e o Nordeste no Festival de Ciência e Tecnologia da Tunísia, previsto para março de 2025.
Moradora de Teresina, a alta incidência solar e as temperaturas elevadas motivaram a estudante a desenvolver a ideia. O objetivo do sensor é prevenir, além do câncer de pele, outras doenças causadas pelo excesso de exposição ao sol.
“Por morar em uma cidade muito ensolarada, a gente percebe que a radiação afeta a saúde das pessoas. Muitas até têm protetor solar, mas esquecem de usar. É gratificante saber que o esforço para esse trabalho está valendo a pena e pode até salvar vidas”, declarou Camila.
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Estudante de 16 anos cria sensor de radiação solar para prevenir câncer de pele: ‘pode salvar vidas’
Reprodução
Ela trabalha em três dispositivos: o primeiro é uma espécie de máquina que capta os índices de radiação no ambiente e os classifica, por meio de cores e sons, como baixo, moderado, alto e muito alto.
Devido ao tamanho da invenção, Camila pensou em uma segunda alternativa: ela implementou um cálculo para determinar a quantidade de tempo seguro para ficar sob o sol e a exposição acumulada dos raios solares.
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Esse cálculo é aplicado a um capacete, que serve como equipamento individual, e atende ao fator de proteção solar, tipo de pele e tempo de exposição da pessoa que o utiliza. Os dados são enviados por wi-fi em tempo real a um monitor.
“É um equipamento que dá segurança para a empresa e também o funcionário, que sabe quando precisa sair do sol para se proteger e evitar, por exemplo, o câncer de pele”, destacou a estudante.
O terceiro dispositivo é ainda mais portátil: um relógio do tipo smartwatch, conectado ao sensor, que envia os índices a um aplicativo. A iniciativa foi pensada para contemplar o público infantil, cujos pais podem monitorar os resultados.
Co-orientador do projeto, o professor Edwar Montenegro apontou que alguns ajustes ainda precisam ser feitos, como a diminuição do tamanho e o aumento do alcance e da eficiência. Ele citou que as informações do relógio, conectado à internet, podem ser verificadas de qualquer lugar do mundo.
“Camila faz parte de uma geração de alunos que são protagonistas na sociedade. Eles não se limitam ao conhecimento tradicional, como provas e questões, mas querem participar ativamente da imersão tecnológica para tentar mudar, de fato, algumas coisas no mundo”, completou o professor.
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