5 de outubro de 2024

Veja o que disseram os candidatos após o debate do Rio

Participaram candidatos Alexandre Ramagem (PL), Eduardo Paes (PSD), Marcelo Queiroz (PP), Rodrigo Amorim (União) e Tarcísio Motta (PSOL). Ao término do debate da Globo nesta quinta-feira (3), os candidatos à Prefeitura do Rio de Janeiro concederam entrevistas coletivas.
Veja como foi o debate
o que é #FATO ou #FAKE no debate da Globo
Assista aos embates entre os candidatos
FOTOS dos bastidores e do debate
Veja o que disseram abaixo, na ordem em que ocorreram as entrevistas, definidas por sorteio.
Eduardo Paes (PSD)
Veja entrevista coletiva de Eduardo Paes (PSD) após debate na Globo no Rio
O atual prefeito e candidato à reeleição afirmou que espera que a eleição se resolva no próximo domingo (6) mas não descarta ir para o prosseguimento da disputa: “Se tiver que ir para o segundo turno eu vou”, afirmou Paes.
Paes também foi questionado sobre o papel da prefeitura na segurança pública, e afirmou que o principal responsável é o governo estadual.
“Eu não estaria tratando do governador Cláudio Castro se o próprio candidato dele não tivesse trazido um tema que é do governo do estado, que é de uma eleição para governador, para a disputa municipal.”
“Eu também acho que o governador Cláudio Castro tinha que estar sendo, se quer, citado nessa eleição. Agora é o candidato dele, do partido dele, que trouxe o tema da segurança pública, que é uma atribuição principalmente do governo do estado. A gente pode ajudar.”
“Aliás, dei ali milhões de exemplos, iluminação, BRT seguro, o controle das construções irregulares. Tudo isso a gente pode fazer e trabalhar em parceria. Mas o que me impressiona, infelizmente, é que quem trouxe o governador para a disputa eleitoral foi o próprio candidato dele. Então, é inevitável citá-lo, falar e são candidatos juntos. É óbvio que o deputado Ramagem é o candidato do Cláudio Castro e é o que representa mais proximamente essa experiência. Ele é a cara, eu lembro isso aqui o tempo todo, me lembra muito o [Wilson] Witzel. Em diversos momentos ali debatendo com ele. Aliás, fica ali uma dobradinha, meio que mais dobrada, até o marqueteiro mesmo do Witzel. Então eu confesso que em vários momentos eu sou remetido a 2018 a toda aquela hipocrisia que nós vimos aqui.”
Marcelo Queiroz (PP)
Veja entrevista coletiva de Marcelo Queiroz (PP) após debate na Globo no Rio
Marcelo Queiroz afirmou que pretende usar a experiência em participar de vários governos para a prefeitura do Rio.
“Eu acho que a ideia é reproduzir boas práticas na prefeitura do Rio de Janeiro. Eu acho que a gente precisa de gente que entenda de contas públicas.”
Sobre a acusação feita no debate de que procura cargos públicos, ele afirmou que sempre foi escolhido pelo currículo e que pretende escolher bons ocupantes para as pastas.
“Se eu for prefeito não vou negar a política, mas vou procurar nos partidos os quadros mais qualificados.”
Queiroz destacou que a cidade teve poucos debates e o Rock in Rio durante o processo eleitoral. O candidato do PP afirmou ainda que acredita que o debate da Globo foi necessário para fazê-lo mais conhecido.
“Eu acho que as pessoas não aguentam mais a polarização entre Bolsonaro e Lula. Eu acho que existe um eleitor cansado.”
Queiroz afirmou ainda que acredita que chegará ao segundo turno.
“O fator de decisão do voto no rio de janeiro é nos próximos 3 ou 4 dias. Eu sou um deputado muito conhecido pela causa animal.”
Alexandre Ramagem (PL)
Veja entrevista coletiva de Alexandre Ramagem (PL) após debate na Globo no Rio
Ramagem disse acreditar que está em um “momento de alta” e que terá votação para levar a disputa eleitoral para o segundo turno.
“Eu sei que a gente está crescendo, o viés de crescimento, o atual prefeito está num viés de queda, nós temos tudo para chegar no segundo turno e ganhar essas eleições.”
Após definir o governo do estado como “medíocre” no combate à violência, Ramagem ponderou e elogiou alguns pontos da atuação de Cláudio Castro na segurança pública. Contudo, o candidato afirmou que tem muito a melhorar no tema.
“A gente vê do governo Cláudio Castro reduzindo o número de homicídios, batendo recorde apreensões de fuzis e é o governo que mais incentivou, mas há muito para se fazer em segurança pública, integração, retomar os territórios. Então, a nota mediana, diferente da nota zero que eu dou para o Eduardo Paes, por prometer não cumprir, mentir, estelionato, falar agora que não é responsabilidade da prefeitura, é responsabilidade de todos os prefeitura ter que liderar esse processo.”
Ramagem afirmou que acredita que o tema central da disputa municipal é a segurança pública, que está nela de forma prioritária e que o assunto também cabe à prefeitura.
“Pensar a situação do Rio de Janeiro, que não é mais uma luta de tráfico, mas por território. E quem sabe de território é a prefeitura.”
Tarcísio Motta (PSOL)
Veja entrevista coletiva de Tarcísio Motta (PSOL) após debate na Globo no Rio
O candidato Tarcísio Motta afirmou que a cidade do Rio teve poucos debates ao longo do período eleitoral e criticou as trocas de acusações durante o debate. Ainda assim, ele faz um balanço positivo na exposição de suas propostas para os eleitores progressistas.
“Eu fiz um esforço para fazer perguntas de fato programáticas porque acho que é isso que o eleitor precisa.”
Motta acredita que pode crescer na reta final das eleições. Ele se manifestou contra a sugestão de um voto útil em Eduardo Paes e destacou que tem propostas realmente identificadas com a esquerda.
“O voto progressista na cidade do Rio está em disputa nos últimos dias e acho que isso pode ser determinante para ter um segundo turno.”
Ele destacou ainda que, em eleições anteriores, viu o número de eleitores no resultado final ser muito maior do que as pesquisas previam e que essa seria a terceira vez que isso aconteceria ao longo de sua carreira política.
“Eu perguntei para a equipe aqui até se eu poderia pedir música no Fantástico, nesse caso.”
Rodrigo Amorim (União Brasil)
Veja entrevista coletiva de Rodrigo Amorim (União) após debate na Globo no Rio
O candidato do União Brasil à Prefeitura do Rio reforçou durante a entrevista coletiva que o prefeito Eduardo Paes buscou as lideranças de seu partido para reforçar a coligação do atual chefe do executivo municipal.
“Construímos uma frente conservadora. Eu destaquei no debate e fiz agradecimentos finais a duas pessoas. A primeira delas é o presidente Rodrigo Bacelar, presidente da União Brasil, presidente da Assembleia Legislativa, e disse que o presidente Bacelar, em primeiro lugar, resistiu às ofertas do Eduardo Paes, resistiu aos assédios de Eduardo Paes, inclusive junto aos diretivos nacionais da União Brasil, e tentou de todas as formas levar a União Brasil.”
“A gente fez esse exercício hoje, de enfrentar a esquerda. A gente considera que tem dois candidatos de esquerda no Rio, o Eduardo Paes e o Tarcísio. A gente enfrentou a esquerda e, sem dúvida nenhuma, a eleição é matemática. Eu pedi o voto para o 44, em mim e no Fred Pacheco, porque a gente vai levar a eleição para o segundo turno, e vai levar um candidato conservador, e, sem dúvida nenhuma, a gente estará com o Ramagem no segundo turno das eleições, para tirar o Rio de Janeiro e livrar o Rio de Janeiro de Eduardo Paes.”

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