4 de outubro de 2024

Cliente que teria jogado suco em atendente de lanchonete em Porto Alegre deve responder pelo crime de injúria real, diz delegado

Mulher, de 48 anos, está intimada a comparecer na delegacia na próxima segunda feira (7). Caso aconteceu em uma unidade da Mini Kalzone no Shopping Iguatemi, no último sábado (28). Cliente jogou copo de suco contra atendente após ser informada que loja não fornecia canudo em Porto Alegre
Reprodução/Redes sociais
Uma mulher, de 48 anos, que teria jogado suco em uma funcionária de uma lanchonete em Porto Alegre está intimada a comparecer na delegacia na próxima segunda feira (7). De acordo com o delegado responsável pelo caso, Alexandre Vieira, ela pode responder pelo crime de injúria real. O caso aconteceu em uma unidade da Mini Kalzone no Shopping Iguatemi, na Zona Norte de Porto Alegre, no último sábado (28).
📲 Acesse o canal do g1 RS no WhatsApp
“Pelo o que vislumbrei dos fatos, ela responderá pelo crime de injúria real. Isto se dá quando o agressor, através de suas atitudes, causa vergonha e procura humilhar a vítima, atingindo sua honra”, explica Vieira.
Segundo o delegado, a pena prevista para este crime é de três meses a um ano de prisão.
LEIA TAMBÉM
Homem morre após ser espancado em Santa Maria; crime foi flagrado por câmera de segurança
Polícia indicia 41 médicos do Samu por descumprir jornadas de trabalho no RS; médica deixava garrafa sobre teclado para fingir que estava trabalhando
PF faz operação contra organização criminosa suspeita de interferir nas eleições municipais de São Borja
Após o episódio, a atendente, identificada como Odara Gomes, de 19 anos, gravou um vídeo relatando o que aconteceu (veja abaixo). O caso ganhou repercussão nas redes sociais.
“Eu acabei de ser totalmente humilhada por uma cliente. A gente não fornece canudo, eu disse para o marido dela tomar o suco com a boca e ela jogou o suco dizendo para eu tomar com a boca. E essa é a minha situação agora”, diz ela, mostrando a camiseta que vestia toda molhada.
Cliente joga bebida em atendente após ser informada que loja não fornece canudo no RS
Odara também deve ser ouvida na segunda-feira, em horário diferente da suspeita.
Em nota, a Mini Kalzone afirma que “disponibilizou apoio jurídico e psicológico à colaboradora” e que “de imediato, foram tomadas as providências cabíveis ao contatarmos as autoridades competentes e segurança do empreendimento para auxiliar na identificação da agressora” (leia abaixo na íntegra).
A vítima está afastada do trabalho em razão de uma licença médica.
Nota da empresa
“A Mini Kalzone lamenta profundamente o incidente ocorrido no dia 28 de setembro de 2024, em uma de nossas unidades franqueadas em Porto Alegre, onde nossa colaboradora foi vítima de uma agressão e humilhação inaceitáveis por parte de uma cliente. O fato teve origem na insatisfação da cliente com a política de não fornecermos canudos, adotada em estrito cumprimento à legislação local.
Desde o momento do ocorrido, nossa equipe atuou prontamente para prestar suporte necessário à colaboradora, oferecendo recursos para que ela pudesse retornar para casa em segurança e ser acolhida no ambiente familiar. Além disso, de imediato, foram tomadas as providências cabíveis ao contatarmos as autoridades competentes e segurança do empreendimento para auxiliar na identificação da agressora.
Em menos de 8 horas após o ocorrido, foi registrado um Boletim de Ocorrência, anexando as imagens de segurança da loja.
Desde o ocorrido, permanecemos colaborando ativamente com as autoridades para garantir que os responsáveis sejam identificados e que a justiça seja feita, agindo com transparência e respeito aos trâmites legais. Esclarecemos que, em conformidade com as disposições da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), as imagens de segurança não podem ser compartilhadas publicamente, estando disponíveis apenas para as autoridades competentes.
A Mini Kalzone disponibilizou apoio jurídico e psicológico à colaboradora, reafirmando nosso compromisso em garantir seu bem-estar e segurança. Para nós, este não é apenas um caso isolado de violência, mas uma afronta aos valores e princípios que defendemos. Não mediremos esforços para proteger nossa equipe e buscar a responsabilização pelos atos cometidos.
Agradecemos a compreensão e o apoio de todos. Seguiremos empenhados para que essa situação seja resolvida com justiça e transparência, defendendo sempre o respeito e a integridade de nossos colaboradores”.
VÍDEOS: Tudo sobre o RS

Mais Notícias