4 de outubro de 2024

Barco vira em lago no Congo e mata ao menos 78 pessoas

Embarcação transportava 278 pessoas quando naufragou na quinta-feira (3). Número de mortos pode aumentar, segundo autoridades. Moradores se reúnem para acompanhar resgate das vítimas após um barco que transportava passageiros e mercadorias virar no Lago Kivu, no Congo
Stringer/Reuters
Pelo menos 78 pessoas morreram afogadas após um barco virar no lago Kivu, na República Democrática do Congo, na quinta-feira (3), segundo a agência Reuters com base em informações do governador da região.
De acordo com a agência, o número de mortos era conflitante e não se sabia ao certo quantas pessoas estão desaparecidas. Segundo o governador da província de Kivu, 278 pessoas estavam a bordo da embarcação.
✅ Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp
“Levará pelo menos três dias para obter os números exatos, porque nem todos os corpos foram encontrados ainda”, disse o governador Jean Jacques Purisi à Reuters
O governador da província vizinha disse que 58 pessoas sobreviveram ao acidente e que 28 estavam confirmadas como mortas.
Na quinta, familiares choravam na praia enquanto as vítimas eram colocadas em sacos de corpo e levadas, relatou uma testemunha à Reuters. O barco, segundo a agência, a embarcação lotada se inclinou para o lado em águas calmas antes de virar.
O barco virou a cerca de 700 metros do porto, e as causas do acidente estão sendo investigadas, conforme um comunicado.
Em um hospital local, um sobrevivente disse que as condições estavam tranquilas quando o barco lotado virou. Enquanto outros se afogavam ao seu redor, ele lutou para sobreviver até ser resgatado por tropas congolesas.
“Eu vi pessoas afundando, muitos foram para o fundo. Eu vi mulheres e crianças afundando na água, e eu mesmo estava à beira de me afogar, mas Deus me ajudou”, disse Alfani Buroko Byamungu, de 51 anos, da cama do hospital
Multidões se reuniram no porto em Goma, onde a embarcação deveria atracar. “Tudo isso é parte das consequências da guerra. Eles não fazem mais um esforço para eliminar os inimigos da estrada para que ela possa se tornar operacional novamente”, argumentou Mushagulua Bienfait, um residente de Goma que perdeu três parentes no acidente.

Mais Notícias