5 de outubro de 2024

Em Itacoatiara, Rio Amazonas atinge o menor nível já registrado

Nível do rio é monitorado no município pelo Serviço Geológico do Brasil desde 1998, e nunca havia chega a um nível tão baixo. Seca em Itacoatiara é a maior desde o início do registro, em 1996
Liam Cavalcante/Rede Amazônica
O Rio Amazonas chegou a 32 centímetros no município Itacoatiara, no Amazonas. Nesta sexta-feira (4), o nível das águas secou 9 centímetros, e o rio já registra a pior seca da cidade em 26 anos de medição.
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O nível das águas é monitorado no município pelo Serviço Geológico do Brasil (SGB/CPRM) desde 1998, e nunca havia chega a um nível tão baixo. A cota recorde superou a seca do ano passado, quando o rio atingiu 36 centímetros, no dia 26 de outubro de 2023.
A estiagem no município já afeta mais de 28 mil pessoas, cerca de 7 mil famílias, de acordo com o Sistema Integrado de Informações sobre Desastres (S2ID).
Segundo a Coordenadoria da Defesa Civil de Itacoatiara, mais de 100 comunidades estão isoladas devido a seca histórica. Os moradores enfrentam dificuldades para se locomover, e principalmente ter acesso a água potável.
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Seca no Amazonas
Além de Itacoatiara, a seca também atingiu níveis históricos em Manaus. Na quinta-feira (3), o Rio Negro bateu o recorde ao ultrapassar a cota mínima de 12,70 metros, registrada em 2023. Na manhã desta sexta-feira, o rio marcou 12,66 metros.
Em Tabatinga, na região do Alto Solimões, o Rio Solimões está em -1,98 metros. O registro é de quinta-feira (3). Dados da Defesa Civil apontam que o rio tem descido, em média, 5 centímetros por dia, no último mês. A cidade vive sua pior seca da história.
Na cidade de Coari, na região do Médio Amazonas, o rio mede 1,54 metros. O registro é do dia 17 de setembro, última atualização da Defesa Civil do local.
Em Parintins, no Baixo Amazonas, o Rio Amazonas está em -2,05 metros. O cenário também é crítico na região, segundo o estado.
Em Itacoatiara, o mesmo Rio Amazonas está medindo 0,41 centímetros. A cidade recebeu um porto flutuante, onde os navios cargueiros, que atendem as empresas do Polo Industrial de Manaus, transferem suas mercadorias para balsas que ainda conseguem chegar na capital amazonense.
No município de Humaitá, o Rio Madeira segue em 8,20 metros. O rio desceu uma média de -4 centímetros por dia.

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