11 de janeiro de 2025

Em entrevista à CBN Prudente, pró-reitor da Unoeste aborda crescimento de cursos superiores à distância após a pandemia no Oeste Paulista

Conforme José Eduardo Creste, a sociedade pode notar a eficiência do EAD durante o período de isolamento social. Em entrevista à CBN Prudente, pró-reitor da Unoeste aborda crescimento de cursos superiores à distância após a pandemia no Oeste Paulista
Rodrigo Marinelli/CBN Prudente
A pandemia do coronavírus mudou completamente o comportamento da sociedade a partir de 2020. Como consequência, a educação superior precisou se adequar para não desamparar os alunos através de aulas híbridas e do Ensino à Distância (EAD). Em entrevista à CBN Prudente, o pró-reitor acadêmico da Universidade do Oeste Paulista (Unoeste), José Eduardo Creste, abordou o crescimento dos cursos do ensino superior EAD no Oeste Paulista.
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Conforme Creste, durante a pandemia, a sociedade pode notar a eficiência do sistema a distância, desmistificando alguns pensamentos contrários.
“A pandemia desmistificou aquele preconceito que tínhamos sobre os cursos de educação a distância. É mais um movimento que a gente observa da educação superior no Brasil. Com esse crescimento da Unoeste, de novos câmpus, nós temos hoje mais de 100 polos. Hoje são credenciados 32 cursos (a distância), em funcionamento [são] 30 cursos.
O pró-reitor ainda ressalta que as exigências dos cursos presenciais são as mesmas do EAD, mudando apenas a logística de ensino.
“As exigências físicas são as mesmas, a questão é apenas a seguinte: a aula, o aluno não precisa estar presente [fisicamente], mas nós somos obrigados a ofertar os laboratórios, tudo que a universidade, os cursos presenciais, têm. Temos que ofertar pesquisas, temos que ofertar extensão, temos que ofertar uma biblioteca de primeiro mundo, temos que ofertar o laboratório, tudo isso que entra nesses processo regulatórios do MEC [Ministério de Educação e Cultura]. Na verdade tem os cursos de nota 1 a 5 no Brasil, e a nota 5 exige-se tudo o que o presencial tenha”, explicou José à CBN Prudente.
Além disso, a maioria das aulas remotas são preparadas pelos mesmos professores dos cursos presenciais, o que mostra o mesmo nível de qualidade educacional.
“Na educação a distância, geralmente é um outro local, uma outra infraestrutura, é como uma sala como esta, ele [professo] grava a aula dele e, em alguns momentos, o aluno tem a disposição dele para tirar dúvidas e enfim, é um relacionamento que existe, mas não é um modelo que temos a aula presencial para metade da classe e a outra metade assiste em casa. Esse é um modelo remoto, que foi permitido para os cursos presenciais durante a pandemia”, ressaltou Creste.
Novas possibilidades
A aceitação da sociedade aliada com a tecnologia da instituição, foi possível abrir cursos no ensino a distância que anteriormente não eram considerados possíveis de transmitir o conhecimento fora do presencial. Este era o caso da Agronomia e da Zootecnia, que atualmente possuem a opção tanto do EAD, quanto do presencial.
“Temos dois grandes modelos do EAD, são aqueles cursos mais tradicionais, como Administração, esses cursos tem o menor uso de laboratórios, então é um modelo que todo mundo está acostumado. Mas agora, nos últimos tempos, tem surgido o modelo de alguns cursos mais exigidos em aulas práticas, como por exemplo agronomia e zootecnia. A Unoeste foi a primeira a ofertar a zootecnia EAD, a primeira do Brasil, e agronomia também. Ela teve uma repercussão fantástica, porque na prática o aluno acaba vindo, em um determinado momento ele vem até a instituição presencialmente e acaba ficando dois dias e coincide também com as provas. As provas são também presenciais. Assim temos a biomedicina, agronomia, temos engenharia de software, temos zootecnia. Então esse é um modelo, que exige uma certa presencialidade nas práticas”, explicou.
Tais inovações são proporcionadas devido aos investimentos educacionais da universidade ao longo dos anos e premissa dos fundadores Agripino de Oliveira Lima Filho e Ana Cardoso Maia de Oliveira Lima.
“Eu acho que [ficou] aquela mensagem que o senhor Agripino e a dona Ana, porque eles eram educadores, realmente viviam a educação brasileira, e trouxeram esse espírito de qualidade dentro da instituição Unoeste. Os investimentos não param. Hoje a gente tem a segunda e terceira geração envolvidas, quer dizer, os filhos e os netos do senhor Agripino e da Dona Ana, levando adiante. Hoje nós crescemos, fomos para outros dois locais presencialmente, que é o campus da Jaú e Guarujá, que estamos crescendo lá com outros cursos, também com EAD”, disse Creste.
Além da novidade da criação de outros cursos no modelo a distância, a universidade investe em inovações tecnológicas denominadas “Arenas Labs”, que está aberta para outras instituições da região conhecerem.
“A Unoeste tem aberto para outras instituições educacionais da região, para que possam contemplar, experimentar esse ambiente tecnológico desenvolvido por pessoas de dentro da instituição. Sem falar que todos os nossos laboratórios não param de evoluir, sempre com equipamentos novos, enfim, fazenda experimental. A gente falou de agronomia, é uma das poucas instituições particulares que na fazenda experimental nós colocamos um pivô central. Então, para termos as pesquisas que possam se desenvolver e mostrar que o Pontal tem um potencial produtivo fantástico, o Pontal do Paranapanema, nossa região do Oeste Paulista, tem muita água e o problema da agropecuária brasileira é a falta de água, a questão climática”, finalizou o pró-reitor.
Após a entrevista ao programa CBN Fronteira, Creste também visitou a redação da TV Fronteira e do g1 na companhia o diretor executivo da emissora, Paulo César de Oliveira Lima.
Em entrevista à CBN Prudente, pró-reitor da Unoeste aborda crescimento de cursos superiores à distância após a pandemia no Oeste Paulista
Rodrigo Marinelli/CBN Prudente
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