Família Garotinho está a política do município desde a década de 1980. Wladimir Barros Assed Matheus De Oliveira, conhecido politicamente como Wladimir Garotinho (PP), está matematicamente reeleito para a Prefeitura de Campos dos Goytacazes, no Norte Fluminense, com votos 191.788 votos apurados (69,10%), tendo como vice-prefeito Frederico Paes.
Delegada Madeleine (União) ficou em segundo lugar, com 63.864 votos (24,32%). Com o resultado das eleições neste domingo (6), não haverá segundo turno na cidade.
Programa, ao vivo, da Inter TV no g1 – Confira a apuração dos votos em Tempo Real
Sobre Wladimir Garotinho
Wladimir Garotinho nasceu na cidade campista Campos em 13 janeiro de 1985, e é filho dos ex-governadores do Estado do Rio de Janeiro Anthony Garotinho e Rosinha Garotinho. É casado e pais de dois filhos. É publicitário e empresário.
Em 2018, Wladimir Garotinho foi eleito deputado federal pelo estado do Rio de Janeiro, pelo PRP. No pleito, ele foi o candidato a deputado federal a ter mais votos em Campos dos Goytacazes.
Depois da extinção do partido que ele pertencia, foi absorvido pelo Patriota e depois migrou para o PSD.
Em 2019 de candidatou à Prefeitura de Campos e foi eleito no segundo turno com 52,4% dos votos, 121.174 votos validos.
A vitória dele nas urnas foi confirmada em 10 de dezembro do mesmo ano, depois de o plenário do TSE deferir por unanimidade um recurso apresentado após a chapa ser impugnada pelo TRE-RJ, por conta de um processo relacionado ao vice-prefeito, Frederico Paes.
Família Garotinho na política de Campos desde 1980
Wladimir Garotinho pertence a uma família de políticos profissionais que, assim como em outros redutos eleitorais pelo Brasil, fizeram de Campos dos Goytacazes seu local de atuação e conquista de votos desde o final da década de 1980, com a redemocratização do país, conforme explica do cientista político George Coutinho.
“O processo de redemocratização do país projetou um grupo político, oposição a uma maneira de se fazer política em Campos, […] que a gente vai chamar de oligarquias rurais, das usinas, etc. Isso migra para um outro grupo urbano, de caráter de feições urbanas, que é o caso justamente do clã, da família garotinho, em que há, como falei, uma mudança de gravitação do poder, do uso do poder”, diz Coutinho.
Ele ainda fala sobre uma polarização entre quem é contra e quem é a favor dos “Garotinho”, na cidade.
“Se nós temos, nacionalmente, o lulismo versus o bolsonarismo, a política em Campos, desde a década de 80, é pautada por uma condição binária de ou você favorável aos Garotinho ou é contra. Ou seja, essa que é a modulação, o conflito subjacente ao nosso drama político. Esse elemento pró-garotinho ou anti-garotinho, desde a década de 80.
Nesta segunda-feira (7), o prefeito reeleito concede entrevista à Inter TV para falar sobre as expectativas de sua nova gestão de mais quatro anos na cidade campista.