10 de outubro de 2024

Marçal condiciona apoio em 2º turno a incorporação de propostas e diz que em outra eleição terá comportamento diferente

Com 28,14% dos votos (ou 1.719.274 ), Marçal fica em terceiro lugar e está fora da disputa pelo segundo turno da capital paulista. Marçal em coletiva.
Reprodução/ TV Globo
O candidato Pablo Marçal (PRTB), que ficou em terceiro lugar na disputa pela Prefeitura de São Paulo, atrás de Ricardo Nunes (MDB) e de Guilherme Boulos (PSOL), afirmou na noite deste domingo (6) que aprendeu muita coisa nesta campanha e que, “com certeza numa próxima eleição, eu vou ter um comportamento completamente diferente, porque é um amadurecimento”.
Disse aos eleitores para “levantarem a cabeça”. “Ninguém chegou tão longe, é uma campanha sem dinheiro público, sem padrinho político, sem tempo de TV e sem máquina municipal.”
Sobre apoio no segundo turno, disse que vai depender se Nunes aceitar incorporar algumas de suas propostas. “E tomara que o Ricardo leve em consideração algumas das nossas propostas, porque afinal de contas o eleitorado ele é exatamente o tamanho do meu eleitorado aqui em São Paulo, então, espero que ele leve em consideração, por isso os meus eleitores não abaixem a cabeça.”
Pablo Marçal (PRTB) fala sobre possível apoio a Ricardo Nunes no 2º turno
A respeito do laudo falso contra Boulos, divulgado por Marçal na noite da sexta (4), disse que “jamais postaria sabendo que é um laudo falso. Mas quero pedir o mesmo empenho da polícia para gente prender o Datena por tentativa de homicídio”.
“Para mim foi um resultado extraordinário, entramos aí no dia 25/05 nessa disputa, já estavam todos fechados. Desde outubro do ano passado. E quando a gente entrou, com 5% das intenções de voto, e hoje a gente completou com o resultado espetacular de 28,14%. Com 99% das urnas apuradas, a gente termina a eleição com praticamente um terço do eleitorado do maior colégio eleitoral do Brasil. Foram 1.7 milhão de indignados em São Paulo”, afirmou.
“Quero que todos vocês, levanta a cabeça. Porque o voto que vocês depositaram nunca vai ser jogado fora eu vou carregar esse voto. E por que que eu tô falando? Que isso foi extraordinário, porque foi feito com zero de dinheiro público. Ninguém chegou tão longe, é uma campanha sem dinheiro público, sem padrinho político, sem tempo de TV e sem máquina municipal.”
E ressaltou: “Não me sinto derrotado”.
Marçal também comentou sobre as punições que levou ao longo da campanha e disse achou a derrubada de suas redes sociais “desproporcional” e, que isso, pode ter prejudicado a sua campanha.
“Achei isso muito pesado agora as pesquisas do final e, principalmente, boca de urna mostrou muito próximo ali que a gente teve foi um crescimento no final as pessoas nas ruas falavam vai ser no primeiro turno. Talvez não tenha convencido os indecisos, né? Acho que a gente alcançou aí 10% de pessoas que eu não eu não sei ao certo se é esse número, mas o número muito expressivo de pessoas que anularam o voto então.”
O ex-coach também falou que espera que o segundo turno tenha menos ataques entre os candidatos. Ele também criticou Guilherme Boulos (PSOL).
“Boulos para mim é um marginal, é uma pessoa que não merece essa atenção toda que vocês dão eu acho que foi uma escolha errada do Lula, ele vai perder essa eleição com o Boulos. Ele é um cara de extrema esquerda, um cara que é a pauta radical da esquerda. Ele é um cara de extrema esquerda e de maneira nenhuma eu mandaria uma mensagem para ele e nem ligaria”, afirmou.
Sobre as expectativas sobre o futuro, Marçal disse que “não quer um Brasil comuna” e que em 2026 pensa em concorrer a um cargo no executivo. “Vocês não vão me ver disputar a Prefeitura de São Paulo mais nenhuma vez na vida. Vocês não vão me ver disputando legislativo, então só tem dois caminhos: um governo do estado ou a questão da presidência do Brasil.”
Marçal também falou da sua relação com o ex-presidente Bolsonaro.
“Nunca existiu uma relação entre eu e ele, nem de casamento, nem de noivado, nem de namoro. Na nossa relação eu o servi. Ele nunca gravou um vídeo para me apoiar, ele nunca fez uma sinalização de apoio para mim e eu também nunca pedi para ele. Então a gente não tem como romper o que a gente nunca teve. O Bolsonaro chegou a sentar na cadeira da presidência e, pela primeira vez, em um país redemocratizado, ele conseguiu perder a reeleição, coisa que nunca aconteceu com ninguém”.

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