9 de outubro de 2024

Em dia de sabatina de Galípolo, Lula diz que taxa de juros ainda é a mais alta, mas ‘haverá de ceder’

Indicado do presidente Lula para presidir o Banco Central, Gabriel Galípolo disse aos parlamentares, durante sabatina no Senado, que terá liberdade e autonomia para tomar decisões, caso seja aprovado. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) reiterou as críticas aos índices de taxa de juros no país, nesta terça-feira (8). Segundo o petista, apesar do patamar atual, o índice “haverá de ceder”, em meio aos demais resultados econômicos.
A fala de Lula ocorreu ao mesmo tempo em que o indicado dele para presidir o Banco Central (BC), Gabriel Galípolo, é sabatinado no Senado Federal.
No discurso de abertura aos parlamentares reunidos, Galípolo frisou que, apesar das falas públicas de de Lula contra as decisões da autoridade monetária, ele terá liberdade na tomada de decisões caso seja aprovado.
Em 8 de setembro, o Comitê de Política Monetária (Copom) aumentou a taxa Selic em 0,25 ponto percentual, e o índice passou para 10,75%. Esse foi o primeiro aumento de juros desde agosto de 2022, portanto, o primeiro deste mandato de Lula.
O titular do Planalto, por sua vez, se mostrou otimista sobre uma queda nos índices, em meio a constantes embates com o atual presidente do BC, Roberto Campos Neto. A fala dele ocorreu durante evento de sanção da Lei Combustível do Futuro.
“Eu estou muito feliz porque a economia está razoável, a taxa de juros ainda é a mais alta, mas ela haverá de ceder. Nós temos a inflação controlada, nós temos a massa salarial crescendo, nós temos o emprego crescendo, nós temos leis para proteger os empreendedores individuais, o pequeno e médio empresário. Tudo já está feito”, argumentou.
Ele então seguiu: “Eu tenho dito para os meus ministros, agora é época da colheita, nenhum ministro pode inventar mais nada, chega”.
Conflito no Oriente Médio
Lula voltou a criticar a ação militar do governo de Israel na Faixa de Gaza e no Líbano ao declarar que não se conforme com guerras no mundo.
“Eu não me conformo com a chacina que Israel está fazendo na Faixa de Gaza e agora a invasão no Líbano. Jó trouxemos hoje mais 220 libaneses para o Brasil e vamos trazer todos que quiserem vir. O mundo não precisa de guerra”, disse o presidente.
Nesta terça-feira, a Força Aérea Brasileira trouxe o segundo voo com 227 repatriados do Líbano e já planeja um terceiro.
O conflito no Oriente Médio se iniciou há um ano, após o ataque terrorista do Hamas a Israel. Neste momento, os combates se alastraram da Faixa de Gaza para o Líbano e já envolvem o Irã.

Mais Notícias