9 de outubro de 2024

Preguiça é resgatada após ser eletrocutada na Baixada Fluminense

No fim de setembro, o animal da espécie Três Dedos foi eletrocutada ao encostar em fios de alta tensão em Guapimirim. Após ser socorrida, a preguiça foi levada para o Instituto Vida Livre. Preguiça é resgatada após ser eletrocutada na Baixada Fluminense
Uma preguiça foi resgatada após ser eletrocutada em Guapimirim, na Baixada Fluminense. O animal se recupera, mas ainda há dúvidas se ela poderá ganhar a liberdade novamente. No fim de setembro, a preguiça da espécie Três Dedos foi eletrocutada ao encostar em fios de alta tensão.
“A preguiça pegando fogo aqui. Olha que maldade! Ela com a cabeça pegando fogo no fio de alta tensão”, gritou uma testemunha do acidente.
Após ser socorrida, a preguiça foi levada para o Instituto Vida Livre, no Jardim Botânico, na Zona Sul do Rio, e atua na reabilitação e soltura de animais silvestres.
“Ela chegou atordoada de dor. É um absurdo o sofrimento que esses animais passam”, disse Roched Seba, fundador e presidente do Instituto Vida Livre.
Associações que atuam na proteção aos animais silvestres afirmam que, com a diminuição das áreas verdes, os animais têm migrado cada vez mais para os espaços urbanos. Por causa disso, acidentes têm sido mais recorrentes.
Eles não usam os fios, porque eles gostam dos fios, ou porque são curiosos. É porque a gente está em cidades que as pessoas destroem todas as árvores. Eles precisam dos fios para passar, e acabam se acidentando”, explicou Seba.
Representantes de entidades de proteção animal pedem providências.
“As companhias de energia precisam cuidar e precisam identificar essas regiões onde esse tipo de problema acontece com mais frequência e proteger esses cabos dos riscos de choque e do risco de dano à fauna”, disse Luiz Paulo Ferraz, secretário-executivo da Associação Mico-Leão-Dourado.
Preguiça passa por processo de reabilitação no Instituto Vida Livre, no Jardim Botânico.
Reprodução/ TV Globo
Uma iniciativa implementada no interior do Rio de Janeiro tem ajudado a diminuir o número de atropelamentos de animais na BR-101, no trecho duplicado entre Rio Bonito e Campos. São as chamadas passagens de fauna.
“São diversas estruturas que facilitam que os animais atravessem a rodovia, reduzindo os atropelamentos. E já há dados da concessionária de que esses números já reduziram em 45%, o número de atropelamentos”, destacou Ferraz.
A Light informou que investe em ações para reduzir o risco de acidentes com animais silvestres. A empresa disse que instala protetores para reduzir pontos energizados. A concessionária afirmou ainda que está começando um projeto para tornar a rede mais segura.
Já a Enel, empresa responsável pelo abastecimento em outros pontos do estado, disse que mantém diálogo com outros órgãos ambientais para avaliar as áreas mais sensíveis. A concessionária afirmou ainda que investe em redes protegidas e isoladas e que cumpre um plano de podas de árvores.

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