Como a logística reversa contribui para o desenvolvimento econômico e social O ESG (ambiental, social e governança) está em voga em todo o mundo. E no Brasil não é diferente. Cada vez mais empresas têm buscado adotar práticas de responsabilidade socioambiental. É nesse contexto que a logística reversa ganhou importância, pois é uma solução teoricamente simples para contribuir com a preservação do meio ambiente. Trata-se de um instrumento de desenvolvimento econômico e social caracterizado por um conjunto de ações e procedimentos destinados a viabilizar a coleta e a restituição dos resíduos sólidos ao setor empresarial, seja para reaproveitamento em algum ciclo produtivo ou para uma destinação final ambientalmente adequada.
No Rodoviário Camilo dos Santos, por exemplo, todos os pneus que já atingiram seu potencial de rodagem ou que sofreram algum tipo de dano e não podem mais ser utilizados são levados até o ecoponto do Departamento Municipal de Limpeza Urbana, de onde seguem para uma empresa de reciclagem em Belo Horizonte. Lá, o material que levaria mais de cinco séculos para se decompor na natureza, é totalmente reciclado e vira carpete, borracha e até asfalto.
Rodoviário Camilo dos Santos
“Atualmente, nós temos uma frota ativa de mais de 800 veículos, que rodam com cerca de 6.400 pneus. Nossa média de descarte é de aproximadamente 30 pneus por mês, que são inutilizados após receber um laudo de sucata da empresa recapadora que faz esse serviço para nós. Imagina o estrago que seria descatar tudo isso num lixão? Seria inadimissível e totalmente contrário aos valores da Camilo”, afirma Felipe Santos, Diretor de Operações.
Rodoviário Camilo dos Santos | ESG EM VOGA
Outra medida adotada pela empresa é a venda de plástico e papelão – resíduos que a empresa gera em grande quantidade em todas as suas 23 unidades – para cooperativas de reciclagem. “São materiais que para nós não tem mais utilidade, mas são passíveis de reutilização, reaproveitamento ou reciclagem. Então, em vez de descartar tudo isso no lixo comum, que acabaria indo para lixões ou aterros, a Camilo dos Santos vende para quem dá a esse tipo de material um gerenciamento correto do ponto de vista ambiental”, explica Felipe.
Motivos pelos quais as fábricas brasileiras estão adotando o ESG
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Esse tipo de política empresarial de logística reversa tem ganhado cada vez mais importância num mundo que busca ser cada vez mais sustentável. E serve de inspiração para outros setores da sociedade. Na realidade, deve ser uma responsabilidade compartilhada que envolve: 1) o cidadão, no papel de consumidor, que deve descartar os resíduos nas condições solicitadas e nos locais estabelecidos pelos sistemas de logística reversa; 2) o setor privado, responsável pelo gerenciamento adequado dos resíduos sólidos, sua reincorporação na cadeia produtiva, bem como o uso racional dos materiais e prevenção da poluição ambiental; 3) por fim, cabe ao Poder Público fiscalizar o processo, conscientizar e educar o cidadão.
Dessa forma, todos ganham, inclusive a economia se fortalece, com o aumento da renda e dos recursos sustentáveis. Nós, cidadãos, podemos desfrutar de um ambiente mais limpo e saudável e as condições do meio ambiente melhoram, diminuindo, inclusive, a necessidade de extração de novas matérias-primas.
Objetos que podem ser incluídos na logística reversa
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Uma pesquisa realizada pela Confederação Nacional das Indústrias (CNI) destacou os 5 principais motivos pelos quais as fábricas no brasil estão integrando o ESG às operações:
fortalecimento do relacionamento com Stakeholders – 44%
uso sustentável de recursos naturais – 39%
melhoria na gestão de riscos corporativos – 36%
aumento de competitividade – 33%
atendimento à legislação – 28%