10 de outubro de 2024

Brasileiro que mora em cidade na rota de furacão na Flórida se ‘muda’ para hotel por mais segurança

Luís Augusto Ferreira, de Ribeirão Preto (SP), vive em Kissimmee há dois anos, e saiu de casa para achar lugar mais seguro. Brasileiro que vive na Flórida mostra estoque de comida e água para chegada do furacão
Há dois anos vivendo em Kissimmee, na grande Orlando, o garçom brasileiro Luís Augusto Ferreira já passou por quatro furacões, mas nenhum deles chegaram aos pés da gravidade do Milton. A supertempestade tocou o solo na Flórida por volta das 21h30 desta quarta-feira (9).
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Antes classificado na categoria 5, a escala máxima de intensidade de furacões, Milton foi rebaixado para a categoria 3 em boletim divulgado pelo Centro Nacional de Furacões dos Estados Unidos (NHC, na sigla em inglês) às 18h (horário de Brasília).
O garçom Luís Augusto Ferreira, que vive na Flórida, se prepara para maior furacão da história
Arquivo pessoal
Ainda assim, a população se prepara para o fenômeno que deve ser o pior dos últimos 100 anos no estado.
“A gente saiu de casa e veio pro hotel. O hotel dá mais segurança pra gente. Na minha casa não havia risco, a gente optou por vir. O hotel é construído com uma estrutura mais fortalecida, as casas aqui são mais frágeis. Hotéis são construções mais fortificada para esses casos, como escolas e hospitais. Eles também dão infraestrutura de gerador, que não deixa faltar água e energia”.
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Luís, que é de Ribeirão Preto (SP) está com a mulher no hotel. Os pais dele, que também moram na cidade, ficaram no apartamento.
Segundo ele, todos apreensivos e bastante preocupados e seguem à risca as orientações das autoridades locais.
“O governo orientou um tanque de água por pessoa. O que seria suficiente pra 15 dias, será usado pra três. a gente está bem preparado, estocando coisa de um mês. A gente coloca o pior cenário pra estar preparado. Se caso não for tudo isso, beleza, a gente continua. Se for, estamos preparados”.
Gif furacão Milton
Reprodução
À EPTV, afiliada da TV Globo, ele contou que desde terça-feira (8) a maioria dos mercados em Kissimmee e boa parte das cidades que estão na rota do furacão na Flórida está fechada
“Você encontra coisa em posto de conveniência. Ontem já era difícil comprar água, comida enlatada. Hoje vai ser dado toque de recolher às 20h. Minha família inteira está aqui, a apreensão é real de que algo está vindo”.
Luís Augusto Ferreira estocou água e colocou móveis em lugares altos para evitar estragos do furacão Milton, na Flórida
Arquivo pessoal
Como ficará fora de casa por alguns dias, Luís também seguiu as orientações do governo local para proteger o imóvel de danos que possam ser causados pelo furacão.
A família colocou sacos de areia nas portas em uma tentativa de conter a água das enchentes. (veja vídeo abaixo)
Brasileiro que vive na Flórida utilizou sacos de areia pra proteger imóvel de enchentes
O governo da Flórida preparou a maior evacuação no estado nos últimos oito anos — desde o furacão Irma, em 2017 — e fechou todos os portos na terça-feira.
O Milton se formou no Golfo do México. Na manhã desta quarta-feira, ele passou perto península de Yucatán, no norte do México, onde grandes ondas e ventos fortes são previstos.
O furacão deve atingir área metropolitana de Tampa, densamente populosa — a população é de mais de 3,3 milhões de pessoas —, com um potencial impacto direto e ameaçando a mesma faixa de costa que foi devastada por Helene.
Assista à reportagem do EPTV 2 na íntegra:
Região onde vai passar furacão Milton tem muitos moradores de Ribeirão Preto
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