11 de outubro de 2024

Petrobras vai construir no RN a primeira planta de produção de hidrogênio renovável da companhia

Unidade terá investimento de R$ 90 milhões, com previsão de início de operação para 2026. Usina Fotovoltaica de Alto Rodrigues, no Rio Grande do Norte
Luiz Fernando Almeida Fontenele/Agência Petrobras
A Petrobras anunciou que vai construir a primeira planta-piloto da empresa para geração de hidrogênio renovável na Usina Termelétrica do Vale do Açu, em Alto do Rodrigues, no Rio Grande do Norte.
O projeto, com orçamento total de R$ 90 milhões, vai ser realizado em cooperação com o Instituto Senai de Inovação em Energias Renováveis (Senai ISI-ER), e terá as obras executadas pela WEG.
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A previsão é de que a planta para teste entre em operação no primeiro trimestre de 2026.
O hidrogênio renovável será gerado pelo processo de eletrólise da água com uso de energia solar, que consiste na quebra das moléculas de água por meio de uma corrente elétrica, separando o hidrogênio e oxigênio.
De acordo com a empresa, o hidrogênio produzido será usado para geração de energia e em estudos sobre a adição em gás natural, alimentando microturbinas.
O desempenho e integridade estrutural das microturbinas serão testados com a mistura desses dois componentes. A estatal afirma que é a primeira companhia brasileira a estudar os efeitos da adição de hidrogênio renovável ao gás natural em microturbinas.
Segundo o diretor de Transição Energética e Sustentabilidade da Petrobras, Maurício Tolmasquim, trata-se de um projeto-piloto fundamental na estratégia da companhia de investir em descarbonização.
“É o primeiro passo para futuras iniciativas comerciais no segmento de hidrogênio sustentável. A produção de hidrogênio renovável a partir da eletrólise da água utilizando energia solar não apenas reduz a emissão de gases de efeito estufa, como também promove o uso de recursos naturais abundantes e sustentáveis no país”.
A Usina Fotovoltaica de Alto do Rodrigues, que foi construída originalmente para fins de pesquisa e desenvolvimento, terá capacidade de produção ampliada de 1,1 MWp (Megawatt pico) para 2,5 MWp, para suprir a demanda elétrica da unidade-piloto de eletrólise.
A usina de eletrólise será testada em diferentes modos de operação, aproveitando a conexão com a malha de distribuição de energia elétrica e o sistema de armazenamento de energia já instalado na unidade.
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