12 de outubro de 2024

Brasileira relata primeira experiência com tornados na Flórida: ‘Não consegui dormir’

Marcela Ricardo é natural de Belo Horizonte e reside, há um ano, em Condado Palm Beach. É a primeira vez que ela e o filho de 5 anos enfrentam uma tempestade de grande magnitude nos Estados Unidos. Marcela Ricardo e o filho, Matheus, de 5 anos, em Condado Palm Beach, na Flórida.
Acervo Pessoal/Reprodução
Marcela Ricardo, de 39 anos, é natural de Belo Horizonte e mora em Condado Palm Beach, na Flórida. É a primeira vez que ela e o filho de 5 anos enfrentam uma tempestade com a magnitude do furacão Milton, nos Estados Unidos. Há um ano, a brasileira se mudou para estudar um MBA.
A casa onde Marcela mora não está na rota do “olho” do furacão, mas os tornados relacionados ao fenômeno afetaram a rotina da família.
“Eu nunca tinha passado por isso, né?! No [furacão] Helene teve alguns alertas aqui, mas foi bem mais distante. […] Tiveram vários tornados aqui na região. Ontem, às 18h, tinha quatro tornados ativos aqui ao mesmo tempo. Só nesse lado aqui nosso eu vi reportagem falando que tiveram 21 tornados. Então, foi um pavor a gente ficar aguardando… Esses tornados surgem do nada, e estava muito quente, e isso estava possibilitando que os tornados surgissem mais, mas graças a Deus deu tudo certo e a gente conseguiu passar por isso aí. Estamos aliviados agora”, disse.
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O furacão Milton perdeu força e chegou em Condado Palm Beach na categoria 1, com ventos de 119 a 153 km/h. O olho do furacão já deixou a Flórida com ventos de cerca de 144 km/h. Agora, o Milton segue em direção ao Oceano Atlântico, e a previsão é que ele vire uma tormenta tropical.
Segundo as autoridades, a passagem do furacão Milton deixou nove mortos na Flórida e provocou inundações. De acordo com o balanço, 3 milhões de imóveis estão sem energia.
“Eu senti muito medo, principalmente porque eu estava com meu pequeno, de cinco anos. Eu não consegui dormir. Fui dormir só depois… a gente ficou acompanhando no radar e viu que ele já estava indo pro oceano. Então, fui dormir acho que eram umas 5h30 da manhã, porque estava ventando, e eu achei interessante. Eu não sei explicar por que os ventos vinham em ondas, de repente ventava muito, aí dava uma pausa, voltava demais. Parece que eram ondas de ventos, sabe?”, disse.
Segundo Marcela, a situação já está mais tranquila nesta quinta-feira (10).
“Foi pânico, mas hoje está um dia lindo. As pessoas já estão recolhendo os lixos. É muita folha no chão, mas os jardineiros estão todos trabalhando aqui e já está mais tranquila a situação”, falou.
Avisos e alertas
Alerta de tornado na Flórida
Redes Sociais/Reprodução
A prefeitura da cidade emite alertas que são enviados para os celulares das pessoas nas regiões de risco. Marcela contou que existem dois tipos de alertas: os watchs e warnings. Nos warnings, o celular dispara mesmo com o aparelho desligado. Uma sirene fica tocando para que a pessoa busque um abrigo e lugar seguro.
“Os watchs são tipo ‘fique em casa’. […] O lugar que eles recomendam, por isso que a gente pode ficar em casa, é dentro do banheiro, onde tem mais cimento, né, a estrutura é mais forte. Então, eu até tinha deixado água, essas coisas lá no caso de surgir algum tornado. […] Os tornados vieram exatamente por causa dessa instabilidade que o furacão traz na atmosfera junto com o tempo quente”, afirmou.
Em suas redes sociais, Marcela Ricardo mostrou a preparação antes da chegada do furacão Milton. Veja vídeo abaixo:
Marcela Ricardo, de BH, mostrou a preparação antes da chegada do furacão Milton,na Flórida
Calmaria
Segundo a brasileira, na região de West Palm Beach, o pior já passou. Os aeroportos estão retomando as atividades, e muitas pessoas ainda estão em casa. Já existe movimentação na rua. As atividades no trabalho dela estão suspensas.
“As escola estão paradas também. Os carros dos vizinhos também estão por aqui. Normalmente, o estacionamento fica vazio. As aulas do meu filho pararam ontem e vão ficar suspensas só até hoje. Amanhã tudo retorna normal.”
Brasileira mostra West Palm Beach após tornados do furacão Milton
Redes Sociais/Reprodução
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