11 de outubro de 2024

Cresce o número de apreensões de skunk, a ‘supermaconha’, na região de Maringá

Droga produzida em laboratório pode causar perda de memória e coordenação motora. Apreensões de skunk disparam na região de Maringá
Apreensões de skunk, droga também chamada de “supermaconha”, se tornaram mais comuns na região de Maringá, no norte do Paraná. Na comparação entre os meses de janeiro e agosto de 2023 e 2024, o aumento foi de mais de 3.000%.
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O skunk é produzido em laboratório e resultado do cruzamento de vários tipos de maconha.
Os dados são da Polícia Rodoviária Federal (PRF). No ano passado, foram apreendidos 7,5 kg. No mesmo período em 2024, os agentes apreenderam 234 kg.
Um dos casos neste ano foi de um pastor, de 44 anos, preso em Mandaguari, cidade próxima a Maringá, por transportar fardos de skunk no porta-malas de um carro.
Apreensões de skunk dispararam na região de Maringá (PR)
Reprodução/RPC
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O crescimento foi bem maior que outros tipos de droga, como cocaína (110%) e maconha (38%).
“Nós temos observado que as organizações criminosas têm utilizado as rodovias do Paraná para transportar essas drogas. Normalmente elas vêm do Paraguai, em especial a maconha, e são levadas principalmente pelas BR-376, BR-277 e a PR-323. Mapeamos essas rotas e estamos aprimorando o trabalho de fiscalização”, disse o chefe da PRF em Maringá, Pedro Faria.
Risco para a saúde
O skunk tem basicamente os mesmos efeitos da maconha, mas que podem ser bem mais intensos.
“Além dos sintomas a curto prazo, entre eles o efeito alucinógeno, a longo prazo existem outros problemas, como morte dos neurônios em regiões específicas do cérebro, como o hipocampo, responsável pela memória. O uso prolongado e em grande quantidade pode provocar demência, perda cognitiva e alteração na coordenação motora”, alertou a neurologista Adriana Moro.
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