11 de outubro de 2024

Agricultor que matou cunhado a tiros em fazenda já tinha se desentendido com a vítima por causa de dinheiro e convivência familiar, diz delegado

Mulher da vítima viu quando marido foi morto a tiros pelo irmão, segundo o delegado. Suspeito foi preso e confessou o crime, em Rio Verde. Juliano Peterson Souza Durigon (à esquerda), a vítima, e Vanderley Sousa Cruvinel (à direita), o supeito – Goiás
Divulgação / Polícia Civil
O agricultor que foi preso suspeito de matar a tiros o cunhado Juliano Peterson Souza Durigon, de 46 anos, já tinha se desentendido antes com a vítima por causa de dinheiro e convivência familiar, segundo a Polícia Civil. O crime aconteceu em uma fazenda em Rio Verde, no sudoeste do estado, por conta de herança.
“Tinham desentendimento antigo. Brigas por causa de herança […] que era do pai do suspeito e da esposa do Juliano. A discussão naquele momento era também sobre agressões verbais e físicas à família do autor, que também alegou que Juliano teria lhe dado um tapa no rosto durante a briga”, disse o delegado Adelson Candeo.
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A defesa do suspeito Vanderley Sousa Cruvinel informou ao g1 que ele está preso e colaborando com as autoridades. O advogado Jefferson Silva Borges também explicou que “se colocou à disposição da Justiça, contribuindo com as investigações (confira nota completa ao fim do texto).
O crime aconteceu na terça-feira (8), mas Vanderley só foi encontrado no dia seguinte, às margens da GO-050, na mata próximo à fazenda onde mora. O delegado afirmou que suspeito e vítima moravam em fazendas vizinhas, divididas por uma cerca.
Segundo as investigações, os dois tinham desentendimentos não só por herança, mas também por dinheiro, pela cerca que dividia as fazendas e pela convivência com a família. No dia em que o crime aconteceu, os dois chegaram a se cumprimentar, mas logo voltaram a uma discussão antiga.
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Testemunha
A esposa da vítima, que é irmã do acusado, foi testemunha do crime. De acordo com o delegado, ela disse que “percebeu o irmão indo em direção ao marido dela com uma arma e dizendo: ‘Vou te ensinar a bater na cara de homem’”.
O relato diz que a vítima correu do suspeito e entrou em uma caminhonete, mas bateu em uma árvore ao tentar manobrar o veículo. Com isso, a porta do lado do motorista não abriu mais e o suspeito passou a atirar contra o carro.
Mesmo diante dessa situação, a vítima saiu da caminhonete pela porta do passageiro e correu, segundo o relato. Mas foi atingido por um tiro no tórax e morreu.
Segundo o delegado, Vanderley foi localizado pelo Grupo de Investigação de Homicídios, com apoio da Delegacia de Narcóticos da Polícia Civil de Rio Verde. A arma utilizada no crime era legalizada e registrada, e foi apreendida. Ele confessou o crime e deve passar por audiência de custódia nesta quinta-feira (10).
Não há informações sobre velório ou sepultamento da vítima. Segundo o delegado, Juliano também tinha armas legalizadas e registradas, mas não estava com elas no crime.
Nota da defesa na íntegra
“A defesa de Vanderlei informa que ele foi detido pela Polícia Civil e está colaborando plenamente com as autoridades competentes. Desde o início, Vanderlei se colocou à disposição da Justiça, contribuindo com as investigações. Aguardamos a tramitação regular do inquérito, confiantes de que a verdade será devidamente apurada.”
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