12 de outubro de 2024

Capivara cai em armadilha e fica com laço preso no corpo

Mamíferos que habitam as lagoas da Barra e de Jacarepaguá estão sendo caçados e até abatidos a tiros. Uma capivara caiu em uma armadilha conhecida como “enforca-gato” e ficou com um laço cortante preso ao corpo. É mais um flagrante da predação contra os animais que habitam as lagoas da Barra e de Jacarepaguá, na Zona Oeste do Rio de Janeiro.
O biólogo Mário Moscatelli contou que avistou o bicho ferido na última quarta-feira (9), mas não conseguiu pegá-lo para socorrê-lo, e, quando a Guarda Ambiental chegou, o mamífero tinha desaparecido.
“A capivara já apresenta ferida gerada pelo artefato amarrado em sua barriga. Inacreditável! Essas pessoas precisam ser punidas”, disse.
Capivara ficou com laço preso após cair em armadilha
Reprodução/TV Globo
A Polícia Civil do RJ informou que busca os responsáveis por colocar as armadilhas para capivaras no Complexo Lagunar de Jacarepaguá. O delegado André Prates, titular da Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA), explicou que criminosos usam barcos à noite para fazer a caça e que a investigação é complexa.
No início do mês, o Bom Dia Rio mostrou que 4 capivaras foram encontradas mortas a tiros em um intervalo de 15 dias. Segundo denúncias, a carne das capivaras abatidas está sendo vendida em feiras realizadas nos fins de semana nas comunidades da região.
“A caça de animal silvestre é crime ambiental, e quem compra essa carne também está participando dessa atividade criminosa”, afirmou Moscatelli.
Matar, perseguir, caçar, apanhar ou utilizar animais silvestres sem autorização é crime ambiental, de acordo com a Lei 9.605/1998. A pena é de detenção de até 1 ano e multa. Se o crime for cometido contra uma espécie rara ou ameaçada de extinção, a pena é aumentada pela metade.

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