11 de outubro de 2024

‘Yupirangáwa Tapajônica’, filme sobre ceramistas tapajônica estreia em plataforma online

O filme revela a profunda conexão das ceramistas com a ancestralidade e a resistência das mulheres. A arte ceramista é destaque do filme Yupiragáwa tapajônica
Divulgação
O documentário “Yupirangáwa Tapajônica”, que quer dizer “origem Tapajônica”, estreou no último dia 9, está disponível online no canal do YouTube da Apoena Produtora.
Com direção de Viviane Borari, indígena do povo Borari da aldeia Alter do Chão, e uma equipe formada 100% por mulheres amazônidas, o filme destaca a resistência cultural e a transmissão de conhecimentos ancestrais, além de evidenciar a rica herança dos Tapajó na arte cerâmica.
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O filme conta a história de Vandria Borari e dona Marilza, ceramistas da região do baixo Tapajós, e da jovem Nilma Tapajó, que mostra a força da juventude em manter a cultura viva. As três mulheres indígenas narram as suas conexões com a floresta e os rios.
“A cerâmica tapajônica é uma herança da arte do barro, feita pelos nossos antepassados, é uma arte bastante refinada e complexa porque traz nossa espiritualidade, ancestralidade, nosso trabalho coletivo e a nossa conexão com a terra, com a floresta e com os rios”, contou Vândria Borari, uma das personagens do filme.
As gravações foram feitas em dois territórios Indígenas, em Alter do Chão e na Comunidade de Pinhel, e pretende sensibilizar o olhar da população para a importância da cerâmica na sociedade santarena e a resistência dessas mulheres nos seus territórios.
A cerâmica tapajônica é o artesanato mais antigo do povo da região do Tapajós, e tem por características os elementos antropozoomórficos (mistura de corpos humanos e animais) que exaltam a fauna brasileira.
Para além da beleza, cada cerâmica conta uma história e possui características próprias daquele povo, na região do Tapajós os vasos e urnas funerárias são peças importantes dos antepassados que viveram nesta região, podendo ser encontradas até hoje e mantidas vivas no fazer cerâmica por homens e mulheres.
O projeto foi realizado com apoio da Lei Paulo Gustavo, Ministério da Cultura, Secretaria de Cultura e Governo Federal do Brasil.
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