12 de outubro de 2024

Filme ‘Robô Selvagem’ traz questões de pertencimento e sobrevivência na natureza

Espécies como ganso, raposa, gambá, urso, coruja, toupeira e guaxinim fazem parte da narrativa. Roz vive uma relação de mãe e filho com o ganso Bico-Vivo na animação ‘Robô Selvagem’
Divulgação
Lançado ontem (10), o filme “Robô Selvagem”, uma adaptação do livro de Peter Brown, conta a história de Roz, uma robô que cai acidentalmente em uma ilha desabilitada e passa a viver as dinâmicas de sobrevivência da natureza.

Roz foi programada pelos humanos para servir, então, quando se encontra no ambiente selvagem, tenta de todas as maneiras ajudar os animais. No entanto, eles não a aceitam e a obrigam a seguir o ritmo natural do mundo ao seu redor.
Acidentalmente a robô destrói um ninho de gansos na ilha, no entanto, um dos ovos sobrevive e, Roz torna-se a responsável por aquele filhote, cuidando dele para garantir sua sobrevivência.
Para sobreviver no ambiente hostil, a robô e o filhote de ganso formam uma improvável aliança com uma raposa.
Divulgação/Universal Pictures / Estadão
A narrativa traz questões de maternidade e pertencimento, ao passo que Roz, a partir daquele momento, precisa ensinar o ganso, batizado de Bico-Vivo, a se alimentar, voar e nadar, ao mesmo tempo que lida com a dinâmica da vida selvagem e a convivência com os outros animais.
Para sobreviver no ambiente hostil, a robô e o filhote de ganso formam uma improvável aliança com uma raposa. Embora, na natureza, o animal seja um predador da ave, ele decide “ajudar” Roz em sua missão de proteger Bico-Vivo. Esse contraste adiciona um toque de humor à narrativa, pois, em condições normais, esses bichos só se encontrariam como caçador e presa.
Outras espécies também enriquecem a narrativa, incluindo corujas, gambás, toupeiras, guaxinins, ursos, entre outros.
Outras espécies também enriquecem a narrativa, incluindo corujas, gambás, toupeiras, guaxinins, ursos, entre outros.
Divulgação Universal Pictures
O público
Para a estudante de ciência da computação Aline Souza, que esteve presente na estreia do filme junto de seu irmão Antônio Silva, a animação trouxe diversas mensagens importantes. Uma delas é a forma como a robô se inseriu na natureza e decidiu aprender sobre o ambiente em que ela estava, a linguagem dos animais, seus comportamentos.
“Eu achei isso muito lindo, porque quando você não conhece algo [o ambiente selvagem], você observa e aprende. E depois disso, quando a robô encontra o filhote de ganso para cuidar, ela cria uma relação com ele. Outra coisa que achei interessante é que ela estava lá não para destruir as coisas, ela tinha uma missão: fazer com que aquele bebê ganso até o outono conseguisse voar”, pontua Aline.
Além disso, a estudante acredita que o filme desperta empatia e oferece um olhar sensível sobre os animais, ressaltando sua importância não apenas para a biodiversidade, mas também para a própria sobrevivência humana.
Antônio Souza e Aline Souza, que são irmãos e foram na estreia do filme no cinema.
Larissa Fortunato / TG
“Eu sempre tive uma relação com a natureza. Meu pai tem um sítio e eu gosto muito de ir lá. Acredito que estar em contato com a natureza nos ajuda a viver bem e traz uma sensação única”.
Antônio, estudante de administração empresarial e irmão de Aline, acredita que uma das mensagens mais marcantes do filme é a empatia que o robô tem quando decide ajudar os animais.
“Tem um momento do filme em que chega o inverno e os animais estão sofrendo, então o robô decide ir ajudar e cumprir a missão dele. Isso faz com que a gente se identifique na questão da empatia pelos animais”, aponta Antônio.
Ele também destacou que o filme o surpreendeu do ponto de vista cinematográfico. Ver todos os animais representados, especialmente aqueles com fama de grandes predadores, cria uma conexão mais próxima com o público, oferecendo uma perspectiva mais acolhedora sobre esses bichos.
Thais Schiavinato Eberlin, que esteve presente na estreia da animação.
João Bertuzzo / TG
A professora Thais Schiavinato Eberlin, que também esteve presente na estreia da animação, acredita que o filme aborda a força do amor e como, por meio dele, somos capazes de superar qualquer circunstância.
“Eu acho que a natureza é essencial, e agora em 2024 mais do que nunca, é um assunto que a gente precisa estar sempre em pauta. Sou professora e isso é uma coisa que a gente constantemente conversa com as crianças, sobre a valorização e importância da sustentabilidade. Acho que que a gente precisa estar diariamente com isso em mente, porque não existe vida sem a natureza”, reflete Thais.

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