14 de outubro de 2024

‘Situação gravíssima’, diz presidente da Anvisa sobre pacientes que receberam órgãos com HIV

O presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Antônio Barra Torres, classificou nesta sexta-feira (11) de “situação gravíssima” o fato de pacientes no Rio de Janeiro terem recebido em transplante órgãos contaminados com o vírus do HIV.
“Situação gravíssima que põe em risco a confiança de quem já está numa condição de saúde tão delicada, precisando de um transplante, o que por si só já é uma grande preocupação. Agora, esse evento só aumenta ainda mais a aflição do paciente”, afirmou Barra Torres.
Seis pessoas que estavam na fila do transplante da Secretaria Estadual de Saúde do Rio de Janeiro (SES-RJ) receberam órgãos infectados pelo HIV de 2 doadores e agora testaram positivo para o vírus. O incidente é inédito na história do serviço.
A notícia foi dada pela BandNews FM nesta sexta-feira (11). À TV Globo e ao g1, a Secretaria confirmou as informações e que investiga o caso. O incidente também é apurado por Ministério da Saúde, Ministério Público do RJ (MPRJ), Polícia Civil e Conselho Regional de Medicina (Cremerj).
Seis pacientes transplantados no RJ receberam órgãos infectados com HIV
O caso é considerado único por especialistas no país.
O Sistema Nacional de Transplante tem critérios rigorosos para o rastreio de doadores de órgãos, que seguem portarias estabelecidas em conjunto com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Todos os órgãos doadores devem passar por testes de sorologia para HIV, hepatite B, hepatite C, HTLV e outras infecções.
Além disso, o rastreio leva em conta o contexto geográfico. Por exemplo, a doença de Chagas é investigada na América Latina, mas não na Europa ou nos Estados Unidos. Já os testes para HIV, hepatite B e hepatite C são obrigatórios, e no Brasil, não se aceita um doador HIV positivo para transplante.

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