13 de outubro de 2024

Indústria volta ao ‘protagonismo’ e região de Campinas já supera total de empregos gerados em 2023

Análise do Observatório PUC-Campinas a partir de dados do Caged mostra que RMC apresenta saldo positivo de 32,9 mil vagas entre janeiro e agosto, mais que os 31 mil postos do ano passado inteiro. Empregos com carteira assinada tem saldo positivo
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A indústria está de volta ao “protagonismo” da geração de empregos na Região Metropolitana Campinas (RMC). Não é o setor que mais emprega em números absolutos, mas viu a participação na abertura de novos postos com carteria assinada pular de 8% para 21%, e, por suas características, impulsiona a renda e as contratações qualificadas em outras áreas.
Essa “virada de chave” ajudou no saldo positivo da região, que entre janeiro e agosto, criou 32.912 novas vagas de trabalho formal. Número que supera o total de postos abertos na RMC no ano de 2023 inteiro: 31.002.
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A análise é do Observatório PUC-Campinas, a partir de dados do Cadastro Geral de Empregos e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho.
“Se olharmos para o comportamento do emprego em 2023, a indústria estava em quarto entre os grandes setores, e agora é o segundo. Essa mudança é muito significativa. Pode ser que tenhamos algum ajuste no fim do ano, mas é um segmento que está puxando bem o emprego, e é importante para setores derivados, como serviço e comércio”, explica a economista Eliane Navarro Rosandiski.

A professora que integra o Observatório PUC-Campinas pontua ainda que o maior volume de emprego gerado diretamente pela indústria tem mantido um padrão de remuneração mais elevado, em torno de R$ 2,4 mil mensais aos novos contratados na RMC.
Isso gera poder de compra aos trabalhadores da região e cria uma rotina de consumo e demanda para a indústria e demais setores, num círculo virtuoso que impulsiona a economia.
“Esse é um dado bastante favorável. Quando se soma ao cenário nacional da redução do desemprego, isso demonstra uma consolidação de uma massa salarial, seja formal ou informal, que sustenta a economia. Com a indústria crescendo, ela passa a gerar emprego ela mesmo, e diminui aquele perfil de contratações terceirizadas, por tempo determinado”, destaca Eliane.

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