12 de outubro de 2024

Justiça condena estudante que matou jovem de 20 anos atropelada ao sair de festa; pai também foi condenado

O estudante de psicologia e o pai dele foram condenados a indenizarem em R$ 300 mil os pais da jovem Estefany Ferreira Medina, de 20 anos, que morreu atropelada em janeiro de 2023, na saída de uma festa em Cedral (SP). Carro usado pelo suspeito de cometer o crime à esquerda; vítima que morreu atropelada à direita
Arquivo Pessoal
A Justiça de São José do Rio Preto (SP) condenou o estudante de psicologia e o pai dele, a indenizarem em R$ 300 mil os pais da jovem Estefany Ferreira Medina, de 20 anos, que morreu atropelada em janeiro de 2023, na saída de uma festa em Cedral (SP). A decisão foi emitida em 3 de outubro.
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A vítima tinha acabado de sair de uma festa e esperava por um motorista de aplicativo para ir embora do local. João Pedro Alves também saia do evento e conduzia um veículo.
Segundo testemunhas, João Pedro ingeriu bebida alcoólica, antes de assumir a direção. Ele saiu em zig-zag com o carro, em alta velocidade. Em seguida, atropelou Estenafy. O crime ocorreu em 29 de janeiro de 2023.
O g1 tenta contato com o advogado de defesa dos acusados.
João Pedro Silva Alves fugiu sem prestar socorro, mas foi encontrado, levado à delegacia e teve a prisão preventiva decretada
Arquivo pessoal
Após o atropelamento, o réu fugiu sem prestar socorro à vítima. Ele foi preso ao ser localizado dormindo em casa horas depois do crime.
João Pedro foi denunciado pelo Ministério Público (MP) por homicídio duplamente qualificado e lesão corporal.
Cabe recurso da decisão.
O pai de João Pedro foi condenado por ser dono do veículo.
Estefany Ferreira Medina estava em uma chácara
Arquivo Pessoal
Relembre o caso
A vítima foi atingida por um carro na saída de uma festa, em uma estrada que dá acesso a um conjunto de chácaras entre São José do Rio Preto e Cedral (SP), na manhã do dia 29 de janeiro. João Pedro foi encontrado dormindo em casa horas depois do atropelamento.
Por ter fugido sem prestar socorro, o estudante foi denunciado por homicídio duplamente qualificado. Segundo o Ministério Público, ele passou a madrugada ingerindo bebida alcoólica e dirigia acompanhado de amigos.
Durante a investigação, testemunhas informaram que João Pedro dirigia de forma perigosa e ziguezagueava rapidamente, a ponto de os passageiros perderem o contato com o banco quando o carro passava por lombadas.
De acordo com a denúncia do MP, João atingiu Estefany com o carro enquanto ela estava sentada fora do local de passagem dos veículos. Ela foi arrastada e morreu no local por politraumatismo.
Além da jovem, o motorista também atingiu um amigo de Estefany, que teve ferimentos leves ao se esquivar. O suspeito desceu do carro, viu que atropelou as vítimas e fugiu sem prestar socorro, mas depois foi encontrado e preso.
Troca de mensagens
Motorista preso por matar jovem em Cedral trocou mensagens com amigos após fugir
Motorista preso por matar jovem em Cedral trocou mensagens com amigos após fugir
Após o acidente, João Pedro trocou mensagens com os amigos que estavam no carro. Na conversa obtida pelo g1 é possível ver que João Pedro pede para um amigo fingir que não o conhecia.
João: tá aí?
Testemunha: sim, onde você está?
João: o que houve?
Testemunha: amigo, você atropelou uma menina. Você tem noção?
João: seguinte, vocês não me conhecem.
Prints mostram conversa de João e testemunha
Arquivo Pessoal
Em outro trecho da conversa, o amigo diz que João Pedro deveria ter prestado socorro à vítima, mas é rebatido.
Testemunha: se puder volta lá e presta socorro amigo, por favor.
João: eu vou ver o que faço, mas não fala que me conhece.
Suspeito pediu diversas vezes para que testemunhas não dissessem que o conhecia
Arquivo Pessoal
Também é possível ver que João Pedro afirma que não pode assumir a responsabilidade pelo acidente, porque tem “carreira para seguir”.
João: eu não posso assumir isso
Testemunha: amigo, você pode, sim, porque foi tu, mas não culpo você.
João: não posso, vê o que aconteceu e finge que vocês são desconhecidos. Estava todo mundo louco.
Testemunha: sim amigo, mas quem estava no controle era tu.
João: eu tenho minha carreira para seguir, minha vida para seguir. Peguem o Uber e vão embora.
João disse que ‘precisava seguir a vida’ e não assumiria o crime
Arquivo Pessoal
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