É a quinta edição do Festival Salvador Mapping, que além das oficinas traz instalações interativas. Festival de arte e tecnologia ilumina pontos turísticos de Salvador
Um festival de arte e tecnologia está iluminando uma das regiões mais conhecidas de Salvador.
Na ponta do pincel, a tinta desliza fácil. É só o começo de uma atividade que promete abrir a mente e mostrar que o desenho pode sair do papel para ganhar projeção, luzes e muito movimento.
“Ganha vida, ganha cor, ganha acho que felicidade”, diz Marina, de 9 anos.
Uma arte que encanta os pequenos e quem já atua na área. Por isso, olhares atentos para extrair todo tipo de conhecimento.
“Eu diria que, a cada trabalho, eu aprendo uma técnica ou uma coisa nova. Nós, artistas de arte e tecnologia, temos que estar o tempo todo buscando a informação, porque a tecnologia não para”, afirma Davi Cavalcanti, artistas.
É a quinta edição do Festival Salvador Mapping, que além das oficinas traz instalações interativas. Tudo de graça e em um dos locais mais conhecidos da capital baiana: a região entre o Mercado Modelo, o Monumento Mário Cravo e o Elevador Lacerda. Dali, de onde se vê um pôr do sol avermelhado, a arte ganha ainda mais beleza à medida em que a luz vai caindo.
“É uma coisa assim, impressionante. O pôr do sol aqui é maravilhoso. Estar aqui agora é a melhor coisa que poderia acontecer no dia de hoje, com essas decorações maravilhosas, com esse elevador que é maravilhoso”, diz a turista da Holanda Cristina Hermans.
Festival de arte e tecnologia ilumina uma das regiões mais conhecidas de Salvador (BA)
Reprodução/TV Globo
É quando a noite chega que o espetáculo fica ainda mais bonito. Aos pés do Elevador Lacerda e diante de tantos prédios históricos, uma projeção de cores, efeitos e animações em total comunhão com o patrimônio e a arquitetura da capital baiana. É arte visual, urbana. Obras de quase 150 artistas brasileiros e de outros países.
“A cada edição, a gente vai ocupando um lugar da cidade, se relacionando com diferentes públicos de Salvador, diferentes territórios, diferentes culturas, inclusive, e transformando esses espaços públicos em uma nova experiência, em uma nova memória”, afirma Lívia Cunha, organizadora do festival.
Festival de arte e tecnologia ilumina uma das regiões mais conhecidas de Salvador (BA)
Reprodução/TV Globo
Tão impactante que a arte salta aos olhos e ganha vida. Como os peixes que nadam tranquilamente sobre fachadas e barcos que navegam terrenos de uma cidade cheia de história.
“Salvador é uma cidade muito bela para o Mapping, tem edifícios muito bonitos, tem muita história na cidade, e isso é uma coisa que interessa a todos os artistas para poder expor sua arte, nessa forma de projeção”, afirma VJ Espetto, curador do festival.
E se Salvador é a cidade da música, o som não pode faltar. Uma orquestra de berimbaus e atabaques, formada só por mulheres, faz a trilha sonora enquanto projeções ganham vida.
“A arte é móvel, ela alimenta um outro aspecto, porque realmente a gente compõe a arte junto com o que está acontecendo aqui. A gente faz a arte junto com o nosso corpo”, diz a turista Jéssica Batista.
Orquestra de berimbaus e atabaques formada só por mulheres
Reprodução/TV Globo