Sabrina Chinellato, mineira de Juiz de Fora, está na Islândia guiando brasileiros em busca da tempestade geomagnética severa, considerada histórica. ‘Caçadora’ de aurora boreal flagrou fenômeno raro na Islândia nesta semana
Sabrina Chinellato e Henrique Fonseca (Terra Adentro)/Arquivo Pessoal
“Foi uma das melhores que vi em toda a minha carreira. Conseguimos ver a aurora em várias cores: verde, vermelho, rosa e até mesmo roxa e azul, que são as mais raras”, disse a fotógrafa mineira Sabrina Chinellato, que acompanhou o fenômeno na Costa Sul da Islândia nesta semana.
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‘Caçadora’ de aurora boreal, a juiz-forana está no país do norte do continente europeu guiando brasileiros em busca do fenômeno:
Ao g1, a fotógrafa, também acostumada a fotografar vulcões, contou que, na quinta-feira, os gráficos já indicavam as chances de ocorrer um evento histórico de tempestade geomagnética, com aurora boreal chegando a latitudes muito extremas.
“Nós acompanhamos de perto todas as atualizações do clima, especialmente para entender as previsões, assim podemos nos preparar para onde e quando sair para caçar”, explicou.
Sabrina ainda explicou que, a partir dessas informações, estabeleceu com a equipe a melhor localização e horário para observar a tempestade, com base na experiência dela. Ela também levou em consideração a previsão de cobertura de nuvens, para encontrar o lugar perfeito, com céu limpo e na posição geográfica ideal.
“Aqui na Islândia, que já é um lugar habitual para se ver a aurora, consegui ter a oportunidade de presenciar essa atividade muito colorida e extremamente rara”, comemorou.
‘Caçadora de aurora boreal’ flagrou fenômeno raro na Islândia
Sabrina Chinellato e Henrique Fonseca (Terra Adentro)/Arquivo Pessoal
A profissional também disse que essa aurora não era observada há mais de 30 anos. “Ficamos muito felizes de ter tido essa oportunidade e, principalmente, de proporcionar essa experiência para o grupo”.
Aurora boreal histórica
A aurora boreal é o fenômeno óptico observado no Hemisfério Norte, quando o horizonte ganha cores incomuns. Acontece porque partículas carregadas de luz e energia são empurradas para o planeta em uma erupção solar. Quando ocorre no Hemisfério Sul, ele é chamado de aurora austral.
A atual tempestade solar foi formada por ejeções de massa coronal ocorridas na terça-feira (8), provenientes da coroa solar, a camada mais externa do Sol.
Assim como em maio, quando ocorreu a maior tempestade solar em 20 anos, a Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA, na sigla em inglês), dos EUA, emitiu alerta, destacando que um fenômeno dessa dimensão pode interferir em GPSs e no funcionamento de redes elétricas.
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A maior tempestade solar já registrada foi o “evento de Carrington”, de 1859, que destruiu a rede telegráfica nos Estados Unidos, provocou descargas elétricas e uma aurora boreal visível em latitudes inéditas, até a América Central.
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