12 de outubro de 2024

RN registra 51 adoções entre janeiro e setembro de 2024, aponta Justiça

Número é levemente maior do que o registrado no mesmo período de 2023. 48 crianças ainda aguardam serem adotadas. RN tem 48 crianças esperando serem adotadas e 521 pretendentes habilitados para adotar.
TJMT
As adoções de crianças e adolescentes no Rio Grande do Norte tiveram um leve crescimento em 2024. Foram 51 casos até setembro deste ano, ante a 50 adoções registradas no mesmo período do ano passado. Os dados são da Coordenadoria da Infância e Juventude do Poder Judiciário potiguar (CEIJ/TJRN).
Em 2023, a média mensal de adoção foi de 5,55 no período entre janeiro e setembro, já em 2024, esse número registrou um pequeno aumento, para 5,66 adoções por mês.
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Atualmente ainda existem 48 crianças e adolescentes disponíveis para serem adotados e 521 pretendentes habilitados para adotar. Porém, desses pretendentes, 334 procuram crianças com até 4 anos de idade.
Segundo a Justiça, o perfil das crianças ainda é uma dificuldade, devido a preferência dos que estão aptos a adotar. Dos menores adotados esse ano, 30 eram pardos, 13 brancos e oito pretos.
Em relação a faixa etária, grande parte, 24 no total, são crianças na faixa etária de 0 a 3 anos. Em contraste, apenas seis crianças foram adotadas entre 9 e 12 anos. Além disso, neste ano, apenas uma criança com deficiência foi adotada.
“Nossa missão, enquanto coordenadoria, é continuar promovendo campanhas de conscientização e desmistificação do processo de adoção, mostrando que o afeto e o vínculo familiar podem se construir de diferentes formas”, afirma o juiz coordenador de Infância e Juventude, José Dantas de Paiva.
Apesar das dificuldades enfrentadas por algumas crianças para serem adotadas, o juiz explica que ferramentas como a Busca Ativa, implementada pelo CNJ, contribui para diminuir essas questões.
“A Busca Ativa tem sido instrumento fundamental para conectar crianças e adolescentes que, por diversos fatores, têm mais dificuldade em serem adotados, com famílias habilitadas. A metodologia envolve uma atuação proativa na identificação dessas crianças e na sensibilização das famílias, especialmente em relação aos grupos de irmãos, adolescentes e crianças com necessidades especiais”, ressalta.
Mesmo com a resistência na adoção de crianças com perfis não convencionais, o avanço é visto com expectativas positivas sobre um possível crescimento do número de adoções ainda esse ano.
“Este número reflete um progresso significativo, considerando que o ano ainda não terminou. Comparando o mesmo período, vemos uma estabilidade nos números, o que indica um movimento contínuo de adoções ao longo do ano”, diz.
O juiz ainda reforça que se o ritmo de adoções se mantiver constante, é provável que o total de 2024 supere o de 2023.
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