12 de outubro de 2024

Quem é Cíntia Chagas, influenciadora que acusou deputado Lucas Bove de violência doméstica

Natural de Belo Horizonte, ela ganhou destaque na internet por ensinar português de formas diferentes. Influenciadora Cíntia Chagas
Instagram/ Reprodução
A influenciadora digital Cíntia Chagas, que prestou queixa contra o ex-marido, o deputado estadual de São Paulo Lucas Bove (PL), por abusos físicos e psicológicos, é educadora e natural de Belo Horizonte.
Cíntia é formada em Letras pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e começou a dar aulas de português em 2008. Em 2015, ganhou destaque na internet por reunir estudantes em uma boate de BH, às vésperas da aplicação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), para uma última revisão de gramática para as provas. Ela também ministrava “aulões” em cinemas e academias.
Cíntia Chagas faz revisão de regras gramaticais em aula dentro de boate, em BH (foto de 2015)
Reprodução/ TV Globo
Em 2018, Cíntia lançou o livro “Sou péssimo em português”, em que ensina regras gramaticais por meio de contos. Em 2020, teve outro livro publicado: “Um Relacionamento Sem Erros (de Português)”. Ela também criou cursos online de português e comunicação e passou a apresentar palestras.
Ao longo dos anos, acumulou mais seguidores nas redes sociais. Atualmente, tem 6,5 milhões em apenas uma delas, em que costuma dar dicas de etiqueta e falar sobre elegância.
Em janeiro deste ano, a influenciadora causou polêmica na internet ao dizer que “a mulher precisa se submeter ao homem”. Ela falou ainda que há situações em que a mulher deve pedir permissão ao marido.
Em maio, Cíntia se casou com o deputado Lucas Bove, na Itália. Em agosto, anunciou a separação.
Nesta sexta-feira (11), ela reconheceu, nas redes sociais, que a fala sobre a mulher se submeter ao homem “foi infeliz” e pediu desculpas.
Entenda o caso
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Reprodução
Cíntia Chagas prestou queixa contra o deputado estadual Lucas Bove, relatando uma série de abusos físicos e psicológicos durante o relacionamento de mais de dois anos com o político.
A Secretaria da Segurança Pública de São Paulo (SSP) informou que a 3ª Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) instaurou inquérito policial e solicitou medida protetiva, concedida pela Justiça.
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Em depoimento à Polícia Civil em setembro, Cíntia afirmou que o controle excessivo do suspeito sobre a vida dela começou no início do relacionamento. Ela disse que Lucas exigia sua localização constantemente, pedia provas, como fotos e notas fiscais, e realizava chamadas de vídeo para verificar onde ela estava.
Cíntia também relatou episódios de violência física. A educadora falou que o deputado desenvolveu o hábito de apertar partes do corpo dela a ponto de deixá-la com lesões. Em um dos episódios, Lucas Bove teria arremessado uma faca na direção da mulher.
Ela contou ainda que, em diversas ocasiões, o ex-marido a humilhava, chamando-a de “burra”.
Em uma publicação no Instagram na noite desta quinta-feira (10), Lucas Bove negou as acusações e disse que “jamais encostaria a mão para agredir uma mulher”.
“Já vimos diversas condenações nos tribunais da internet serem revertidas depois, mas as consequências na vida das pessoas muitas das vezes são irreversíveis. Sigo trabalhando, agradecendo as mensagens de apoio e suportando as mais pesadas críticas que venho recebendo na certeza de que, no final, a Justiça será feita e o bem e a verdade prevalecerão”, escreveu.
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