12 de outubro de 2024

Emergências médicas dependem de operações aéreas devido baixa do nível de água do Rio Amazonas; VÍDEO

Em regiões de difícil acesso, onde a seca dos rios impede a navegação, o resgate de pacientes só é viável por via aérea. Em regiões de difícil acesso, onde a seca dos rios impede a navegação, o resgate de pacientes só é viável por meio de operações aéreas.
Reprodução
A seca severa que afeta a região do Lago Grande, em Santarém, oeste do Pará, está impondo desafios cada vez maiores para o transporte de pacientes das comunidades ribeirinhas até locais onde possam receber atendimento médico adequado.
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Imagens feitas de dentro de uma aeronave durante uma operação de resgate aéreo, realizada por pilotos da Fundação Dieter Morszeck, mostram a seca dos rios e as dificuldades enfrentadas pelas equipes de socorro e pelos moradores dessas áreas isoladas, que precisam de atendimento médico.
Segundo informações do médico Erik Jennings, o Lago da Vila Gorete, um dos poucos na região que ainda tem profundidade suficiente para permitir o pouso do hidroavião, foi o ponto escolhido para o resgate de um paciente.
Ainda de acordo com informações da equipe envolvida na operação, o número de locais viáveis para pousos de emergência caiu drasticamente devido à seca. Das mais de 52 comunidades que antes contavam com lagos para essas operações, restam apenas entre 10 e 15 locais seguros para o pouso. (Assista ao vídeo abaixo)
Emergências médicas na região do Baixo Amazonas agora dependem exclusivamente de operações aéreas, devido às dificuldades de acesso causadas pela seca severa.
Profissionais da saúde e pacientes ainda precisam percorrer longas distâncias até chegarem à beira do lago ou do rio mais próximo. A ambulância precisa cruzar terrenos arenosos, dificultando ainda mais o transporte.
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A viagem da ambulância, que agora leva cerca de uma hora e meia, foi importante para o sucesso da operação, que contou com a colaboração rápida do comando de voo.
A dificuldade do resgate é enfrentada por quem vive nas regiões ribeirinhas do Baixo Amazonas, especialmente durante a seca, quando os acessos terrestres e aquáticos ficam ainda mais limitados. As operações aéreas são muitas vezes a única maneira de salvar vidas em áreas tão remotas.
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