13 de outubro de 2024

Café Filho: Potiguar que sucedeu Getúlio Vargas na presidência do Brasil há 70 anos é homenageado em mostra no RN

Café Filho foi único Presidente da República que também atuou como jogador de futebol. Jornal retrata Café Filho 10 anos após sua saída do governo
Assembleia Legislativa do RN/Divulgação
“Do Sindicato ao Catete: 70 anos de Café Filho na presidência da República” é o tema da mostra e homenagem que a Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte fará em memória ao potiguar Café Filho, que há 70 anos assumiu a presidência do País, sucedendo Getúlio Vargas.
A mostra vai acontecer desta segunda-feira (14) até 25 de outubro no Salão Nobre Iberê Ferreira, na sede do Legislativo Estadual. A solenidade de abertura contará com a presença de familiares do homenageado.
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A exposição histórica marca também a doação oficial ao parlamento do RN de um acervo com cerca de 350 peças do ex-presidente, que serão entregues por familiares de Café Filho e que faziam parte do seu acervo particular.
A ação é uma realização do Núcleo Café Filho, que faz parte do Memorial do Legislativo Potiguar (MLP) e cuja nomenclatura também homenageia o estadista.
Além da doação familiar, outras peças que compõem a mostra foram cedidas pelo Museu Café Filho, da Fundação José Augusto e também pelo chefe do Núcleo Café Filho, Alexandre Gurgel, colecionador.
“Agradecemos demais à família de Café Filho por esta doação e também à gentileza de Gilson Matias, presidente da Fundação José Augusto, em nos ceder peças para a mostra que será formada por todos esses acervos”, afirmou Alexandre Gurgel.
Quem foi Café Filho
João Fernandes Campos Café Filho foi um jornalista e advogado nascido em Natal em 3 de fevereiro de 1899. Também foi fundador do Alecrim Futebol Clube e atuou como goleiro da equipe.
Elegeu-se deputado federal (1935-1937) e se destacou pela defesa das liberdades constitucionais. Ameaçado de prisão, fez um asilo na Argentina e retornou ao Brasil em 1938. Foi um dos fundadores do Partido Republicano Progressista (PRP), pelo qual foi mais uma vez eleito deputado federal (1946-1950).
Escolhido como vice-presidente por uma coligação de partidos que se fundiram sob a sigla do Partido Social Progressista (PSP), assumiu a presidência da República com o suicídio de Getúlio Vargas, em 24 de agosto de 1954.
Governo
O governo do potiguar durou pouco mais de um ano. Café Filho se afastou da presidência em 3 de novembro de 1955, por causa de um distúrbio cardiovascular, e em 8 de novembro foi substituído por Carlos Luz, presidente da Câmara.
Em 11 de novembro de 1955, em decorrência do movimento político-militar liderado pelo general Lott, ministro da Guerra, Carlos Luz foi deposto, sob a alegação de que estaria ligado a conspiradores que queriam impedir a posse do presidente eleito naquele ano, Juscelino Kubitschek.
Café Filho tentou retornar ao poder, porém, ainda em 11 de novembro, por decisão do Congresso Nacional, foi considerado impedido e substituído no cargo por Nereu Ramos, presidente do Senado.
Café Filho foi nomeado ministro do Tribunal de Contas do Estado da Guanabara em 1961 e faleceu no Rio de Janeiro em 20 de fevereiro de 1970.
Ações
Segundo a Assembleia Legislativa do RN, o potiguar foi o presidente que viabilizou o Hospital dos Pescadores, nas Rocas, em Natal; a Escola Agrícola de Jundiaí, em Macaíba, e foi o responsável por nomear o antigo Aeroporto Augusto Severo.
Também foi por iniciativa dele que os restos mortais de Nísia Floresta foram transportados para o Rio Grande do Norte. Entre outras ações, foi ele quem autorizou o início das obras do Museu de Arte Moderna (MAM) do Rio de Janeiro.
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