O boletim de sexta (11) registrava que o nível do Rio Tapajós estava 7 cm, já de sábado (12) -12 cm. No domingo (13) o nível chegou a -16 cm. Seca extrema: Na Flona do Tapajós lago das comunidades de Prainha 1 e 2 secou
Amanda M Perobelli
Nunca na história foi registrado um nível tão baixo do Rio Tapajós em Santarém, no oeste do Pará. Uma das piores secas dos últimos 120 anos tem mobilizado organizações para levar ajuda humanitária para as famílias em comunidades mais isoladas da região e que estão sendo diretamente afetadas pela estiagem. (veja no fim da reportagem como contribuir).
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De acordo com o boletim da Defesa Civil de sexta (11), o nível do Rio Tapajós alcançou a marca histórica de 7 cm, já no sábado (12) o número é ainda mais preocupante, chegando aos -12 cm. No domingo (13) os números eram mais assustadores ainda, chegando aos -16 cm.
Os voluntários do Projeto Saúde e Alegria têm ido presencialmente a essas comunidades para verificar como as famílias estão vivendo em meio à crise hídrica. Além do transporte e alimentação, uma das preocupações é quanto a água que as famílias estão tendo acesso.
Caetano Scannavino mostra a mudança na coloração da água com o uso do filtro de nanotecnologia doado para comunidades
Ascom PSA
Para que essas pessoas possam ter acesso a água potável e de qualidade, o PSA tem uma meta de distribuir 5 mil filtros de água até o final deste e início do próximo ano. Esses filtros de nanotecnologia, que acoplados a baldes, transformam a água barrenta em potável.
A campanha do Projeto Saúde e Alegria está priorizando as zonas mais críticas, como a margem esquerda do Tapajós e seus afluentes menores, também as áreas acima do médio Arapiuns, localidades que ficam em lagos e braços de rio que acabam secando, regiões impactadas pelos garimpos, e as várzeas do Amazonas com suas águas barrentas, como essas que estão recebendo os filtros.
Quem também está mobilizando voluntários é a Fundação Lucas Huber, da Paz Church International. A fundação, sem fins lucrativos, lançou uma campanha de arrecadação de recursos para as comunidades ribeirinhas afetadas pela seca no interior da Amazônia.
Além de alimentos, a Campanha “SOS Amazônia” está arrecadando água e produtos de higiene pessoal. Isso porque, as pessoas nas comunidades mais isoladas estão impossibilitadas até de sair de suas comunidades para fazer compras na “cidade”, já que dependem do rio até mesmo para se locomover.
Seca extrema
No dia 23 de setembro de 2024, a Agência Nacional das Águas (ANA) declarou, pela primeira vez, situação crítica de escassez hídrica no rio Tapajós, no trecho compreendido entre os dois municípios.
A Prefeitura de Santarém e o Governo do Estado decretaram situação de emergência na cidade por conta da seca extrema. O Governo Federal também reconheceu situação de emergência em Santarém.
Como contribuir?
Os interessados podem contribuir tanto na campanha de filtros do Projeto Saúde e Alegria, quanto na campanha “SOS Amazônia” da Fundação Lucas Huber.
Projeto Saúde e Alegria: É possível fazer contribuições de qualquer valor, a partir de R$ 10. Todo o valor arrecado será investido nos filtros que já estão sendo entregues nas comunidades afetadas pela seca na região. Para doar: CLIQUE AQUI.
Fundação Lucas Huber: É possível doar água, alimentos e itens de higiene pessoal na sede da Fundação, localizada na avenida Mendonça Furtado, no Bairro Liberdade. Também é possível fazer a doação de qualquer valor para a chave Pix da Fundação: (CNPJ) 16674890000157. Todo valor arrecadado será investido nas compras dos donativos solicitados para a entrega nas comunidades ribeirinhas.
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