Acidente no Espírito Santo aconteceu em janeiro de 1990. Na época, a estrutura da ponte não chegou a ficar comprometida, apesar dos danos em parte da saia de um pilar da ponte que liga Vitória a Vila Velha. O dia em que um navio cargueiro norueguês bateu na Terceira Ponte, no ES
Uma ponte na cidade de Baltimore, em Maryland, nos Estados Unidos, desabou depois de ser atingida por um navio cargueiro na madrugada desta terça-feira (26). No Espírito Santo, no dia 27 de janeiro de 1990, um cargueiro também colidiu com a estrutura da Terceira Ponte, via que liga Vitória a Vila Velha. Mas, ao contrário do caso americano, a estrutura de concreto e metal capixaba não chegou a colapsar e nem ficou comprometida.
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O acidente sob a Terceira Ponte aconteceu há 34 anos. Diferentemente do caso americano, a batida do navio também não colocou a vida das pessoas em risco. Na época, o acidente foi causado por um navio da Noruega, intitulado de Nortween Merchant, e registrado pela TV Gazeta (veja vídeo acima).
Navio noruguês bate em pilar da Terceira Ponte, no Espírito Santo, em 1990
Reprodução/TV Gazeta
Chamou a atenção em 1990 o fato de o acidente ter acontecido meses após a inauguração da ponte. A Ponte Deputado Darcy Castello de Mendonça, a Terceira Ponte, foi inaugurada em agosto de 1989. Menos de um ano após a abertura para os veículos, o navio da Noruega, então, protagonizou a cena inusitada. O prejuízo teria sido de US$ 7,5 milhões de dólares, que deveriam ser pagos pela empresa dona do navio.
“O navio […] saía da Baía de Vitória sem auxílio de um rebocador quando um defeito no leme fez o prático perder o controle da manobra, indo se chocar com o anel de proteção do vão central da ponte”, escreveu o jornal A Gazeta na época.
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Navio noruguês bate em pilar da Terceira Ponte, no Espírito Santo, em 1990
Reprodução/TV Gazeta
O anel de proteção da ponte foi destruído e o navio chegou a encostar no pilar da ponte. Após o acidente, rebocadores saíram do Porto de Vitória para o socorro do navio.
Foram necessários 30 minutos para que os rebocadores conseguissem retirar o navio do local. Na época, a Capitania dos Pontos informou que o acidente não causou fechamento da ponte e não houve congestionamento de carros ou navios.
O navio da Noruega só foi liberado a seguir viagem quatro dias após a batida na ponte.
Jornal A Gazeta acompanhou história do navio que bateu na Terceira Ponte, no Espírito Santo
Cedoc/Rede Gazeta
O então presidente da Companhia de Exploração da Terceira Ponte (Ceterpo), João Luiz Tovar, garantiu na época que a batida não colocou em risco a estrutura. Mergulhadores estiveram no local e informaram que as estruturas de concreto não sofreram avarias em decorrência do acidente.
No início do ano seguinte, em 1991, o mesmo navio voltou ao Espírito Santo. O que chamou a atenção neste caso foi o nome do navio. Quando chegou ao estado em 1990, tinha “Nortween Merchant” como nome. Quase um ano depois, voltou ao Espírito Santo com o nome de “Northern Merchant”. A ideia, como mostram os jornais da época, era despistar a Companhia de Exploração da Terceira Ponte (Ceterpo). O navio, então, foi preso no dia 9 de janeiro de 1991, não podendo sair de Vitória.
Jornal A Gazeta acompanhou história do navio que bateu na Terceira Ponte, no Espírito Santo
Cedoc/Rede Gazeta
No dia 26 de janeiro de 1991, na véspera do acidente completar um ano, o navio saiu de Vitória após apresentar uma carta de fiança expedida pelo Banco do Brasil no valor de US$ 5 milhões. A empresa proprietária do navio tentou e conseguiu diminuir o valor da fiança, inicialmente estipulada em US$ 7,5 milhões.
*Com colaboração de Alberto Borém
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