18 de outubro de 2024

Golpistas se passam por médicos e pedem dinheiro para familiares de pacientes internados em hospitais de Maringá

Hospital Santa Casa e Hospital Universitário denunciaram casos à polícia, que abriu investigação. Orientação é que familiares de pacientes suspeitem de qualquer pedido de dinheiro por telefone. Golpistas se passam por médicos e pedem dinheiro para familiares de pacientes internados
Dois hospitais de Maringá, no norte do Paraná, identificaram tentativas de golpes de falsos médicos contra familiares de pacientes internados. O Hospital Santa Casa e o Hospital Universitário denunciaram os casos à Polícia Civil (PC-PR), que iniciou investigações.
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Conforme as instituições, o golpe é caracterizado por pedidos de transferências financeiras sob a alegação de que alguns procedimentos que seriam necessários não teriam cobertura do plano de saúde.
Conforme a advogada da Santa Casa, Ana Cláudia Pirajá Bandeira, os golpistas conseguiram os dados os familiares também por meio de um golpe contra a instituição. Ela explicou que o grupo contatou a instituição, usando a mesma estratégia de se passar por médicos, e assim conseguiram detalhes sobre os pacientes internados.
“Geralmente, eles escolhem pacientes que estão na UTI, seja na UTI neonatal, infantil ou adulto. São pacientes graves e de famílias mais vulneráveis, que está sensível com a doença daquele paciente, sofrendo com aquilo e acaba, na hora, desesperado, caindo no golpe”, explica a advogada.
Conforme a advogada da Santa Casa, a instituição emitiu uma orientação para todos os colaboradores para a fim de evitar o repasse de informações pessoais de pacientes e familiares.
“O primeiro telefonema que a gente recebe, imediatamente a gente já dispara um e-mail para todos os colaboradores ficarem atentos para não caírem no golpe e não informarem nenhum dado”, afirma.
O Hospital Universitário não informou como os golpistas estão tendo acesso aos contatos de pacientes e familiares, porém, destacou que “não solicita transferência de dinheiro a pacientes/familiares de pacientes”.
A instituição é pública, vinculada à Universidade Estadual de Maringá (UEM), com 100% de cobertura pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
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Um golpe já conhecido
De acordo com o delegado da Delegacia de Estelionatos de Maringá, Fernando Garbelini, este tipo de golpe é antigo, já conhecido pela polícia. Por isso, a orientação é que, em nenhuma hipótese, funcionários das instituições e familiares passem dados dos pacientes por telefone.
“Esse tipo de golpe não é novo. A gente vem há alguns anos acompanhando notas que os hospitais emitem sobre situações semelhantes. Não só em Maringá, como no Brasil inteiro”, diz.
A recomendação do delegado é que, em casos como esse, os familiares ignorem as chamadas, não façam transferências e registrem um boletim de ocorrência.
“[Os golpistas] normalmente solicitam urgência nesses depósitos e as pessoas não pensam em dinheiro nesse momento [de fragilidade] e acabam depositando. Então, as pessoas precisam ter consciência de que nenhum hospital solicita valor via telefone”, explica.
Garbelini ressalta que hospitais públicos, como o HUM, não podem realizar cobranças dos pacientes. Já nas instituições particulares, os pedidos de pagamento são feitos apenas presencialmente.
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Reprodução/RPC
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