14 de outubro de 2024

Suspeito de integrar grupo neonazista e réu por comparar negros a macacos: quem era o homem morto a facadas no RS

Segundo a Brigada Militar, vítima é Aristides Mathias Flach Braga, de 28 anos. Autor das facadas é um homem negro que está preso. Caso ocorreu em Porto Alegre, no bairro Cidade Baixa. Câmeras registram briga que terminou com um morto em Porto Alegre
Um homem de 28 anos foi morto a facadas durante uma briga no bairro Cidade Baixa, em Porto Alegre, entre a noite de domingo (13) e a madrugada desta segunda-feira (14). A RBS TV conseguiu confirmar a identidade da vítima: é Aristides Mathias Flach Braga, segundo a Brigada Militar (BM).
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Em 2022, Aristides se tornou réu por comparar pessoas negras a macacos. O homem também era suspeito de integrar um grupo neonazista e investigado por ameaças de teor racista contra o ator Douglas Silva, ex-participante do BBB (veja vídeo ao fim da reportagem).
Na ocasião, a defesa de Aristides afirmou que ele não havia praticado nenhum ato ilícito. Os advogados sustentavam que equipamentos pessoais e contas nas redes sociais do homem haviam sido hackeados.
De acordo com testemunhas que presenciaram a confusão desta segunda, uma discussão entre quatro homens teria dado início ao tumulto. Dois deles foram feridos com golpes de canivete. Um dos envolvidos na confusão, um homem de 24 anos, está internado em estado gravíssimo no Hospital de Pronto Socorro (HPS) da capital.
Aristides Braga exibe banana em live transmitida na internet
Reprodução
O suspeito de matar Aristides é negro e disse aos policiais que foi atacado com golpes de um porrete com pregos na ponta e, por isso, teria reagido. As identidades dos demais envolvidos não foram divulgadas até a mais recente atualização desta reportagem.
O caso é investigado pelo Departamento de Homicídios. A Polícia Civil trabalha, agora, para identificar a motivação do assassinato.
“Não é nenhum delito decorrente de grupo criminoso, ameaça. Foi um desentendimento, uma briga, que ainda carece de investigação, de confirmação, do motivo dessa primeira agressão e do revide”, afirma o comandante do 9º Batalhão de Polícia Militar (9º BPM), tenente-coronel Fábio Schmitt.
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