15 de outubro de 2024

Corregedoria apura denúncias de assédio eleitoral na Prefeitura de Curitiba; servidor foi exonerado

Superintendente deixou cargo após áudio revelar pressão para funcionários darem dinheiro à campanha de Eduardo Pimentel (PSD). Na época, prefeitura e campanha do candidato repudiaram episódio. Prefeitura de Curitiba
RPC
A Prefeitura de Curitiba informou nesta segunda-feira (14) que a corregedoria da Procuradoria-Geral do Município (PGM) abriu uma investigação preliminar para apurar denúncias de assédio eleitoral na Secretaria Municipal de Administração, Gestão de Pessoal e Tecnologia da Informação (SMAP).
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No dia 1º de outubro, o superintendente de Tecnologia e Informação da Prefeitura de Curitiba, Antônio Carlos Pires Rebello, foi exonerado após áudios revelarem o servidor pressionando funcionários da administração municipal a doar dinheiro para a campanha do atual vice-prefeito e candidato a prefeito, Eduardo Pimentel (PSD). Saiba detalhes a seguir.
Segundo a prefeitura, a investigação foi aberta em 9 de outubro. Em nota, o município disse que, desde o início do ano, todos os servidores municipais foram orientados sobre a lei eleitoral por meio de “cartilha enviada por e-mail em fevereiro, abril e agosto”.
O áudio foi obtido e revelado pelo portal Metrópoles, que apurou que os servidores foram pressionados a comprar convites para um jantar de apoio a Pimentel por até R$ 3 mil. O g1 não localizou a defesa de Antônio Carlos Pires Rebello.
Na época em que o material foi revelado, a prefeitura disse repudiar toda e qualquer atitude que possa configurar ameaça ou constrangimento a servidores públicos no exercício de suas funções.
O município disse também que o servidor teve como base “julgamento pessoal, sem orientação ou anuência da Secretaria de Administração, Gestão de Pessoal e Tecnologia da Informação, ou de outra instância da prefeitura”.
Também em nota, a coligação “Curitiba Amor e Inovação”, que apoia Eduardo Pimentel, disse na época que repudia qualquer tipo de ação que possa configurar pressão ou ameaça a servidores públicos.
A campanha ainda disse que o caso se trata “de uma situação isolada e que o servidor agiu com base em seu julgamento pessoal, sem nenhum direcionamento da campanha”. A campanha também declarou que trabalha com os recursos do Fundo Eleitoral e com captação de recursos de pessoas físicas no limite da lei.
Ainda de acordo com a coligação, o evento foi organizado pelo PSD estadual e não pelo candidato.
Por meio de nota, o PSD afirmou que “repudia toda e qualquer conduta que afronte as normas eleitorais e os princípios democráticos”. Disse ainda que a situação foi uma atitude “isolada e eminentemente pessoal do servidor, sem qualquer relação com a direção partidária”.
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