21 de outubro de 2024

Veja o que é #FATO ou #FAKE na entrevista de Guilherme Boulos ao SP2

Candidato à Prefeitura de São Paulo pelo PSOL foi sabatinado nesta terça-feira (15). Guilherme Boulos (PSOL) vai disputar o 2° turno contra Ricardo Nunes (MDB)
Reprodução/TV Globo
O deputado federal Guilherme Boulos, candidato à Prefeitura de São Paulo pelo PSOL, foi entrevistado pelo SP2, da TV Globo, nesta terça-feira (15). A sabatina foi conduzida pelo jornalista Roberto Burnier.
Na quarta (16), será a vez do prefeito Ricardo Nunes (MDB), que tenta a reeleição. Os candidatos vão se enfrentar no 2° turno em 27 de outubro.
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As entrevistas têm duração de 15 minutos e acontecem ao vivo no SP2, com exibição também no g1 e no Globoplay. Confira a íntegra da sabatina.
A equipe do Fato ou Fake checou algumas das principais declarações de Boulos. Leia:
“Eu queria só antes me solidarizar, até porque tem gente que não está podendo nos assistir porque está sem luz até agora.”
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A declaração é #FATO. Veja por quê: Na última sexta-feira (11), a Grande São Paulo foi atingida por um forte temporal, deixando mais de 2,1 milhões de endereços sem energia. Nesta terça-feira (15), o comunicado da Enel das 17h30 informa que a empresa “segue trabalhando para restabelecer a energia para cerca de 158 mil clientes”.
“Eu tenho orgulho de ter ganho em várias regiões da periferia de São Paulo. Ganhei no Campo Limpo, onde eu moro […] ganhei do Capão Redondo, MBoi Mirim, Cidade Tiradentes, São Matheus, Perus.”
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A declaração é #FATO. Veja por quê: Com 34,88% dos votos válidos, Boulos foi o candidato mais votado no Campo Limpo, onde o candidato mora, na Zona Sul de São Paulo.
No 1° turno, o psolista também venceu nos distritos do Capão Redondo (37,54%), M’Boi Mirim (36,99%), Cidade Tiradentes (36,50%), São Mateus (35,38%) e Perus (31,65%) — como o candidato afirmou durante a sabatina.
“A responsabilidade de poda de árvore é da Prefeitura […]. Boa parte da queda de energia aconteceu porque árvores caíram sob fiação elétrica, com a ventania. Tem 7.600 árvores esperando poda na cidade de São Paulo.”
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#NÃOÉBEMASSIM. Veja por quê: Boulos acerta quando afirma que 7.681 árvores estão na fila para serem podadas na cidade de São Paulo, mas esse recorte é referente ao segundo trimestre de 2024.
Diferente do número apontado pelo candidato, o total de solicitações para remoção ou poda de árvores pendentes na capital chega a 14,6 mil — analisando os dados de janeiro a outubro.
Segundo o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, 50% dos eventos de falta de luz foram causados por queda de árvores na última sexta-feira (11).
Além disso, a Secretaria Municipal das Subprefeituras também afirmou que encaminhou 6.081 pedidos de árvores com galhos em contato com a rede de energia elétrica para a Enel executar o serviço. A prefeitura diz que não realiza o manejo em árvores em contato com a fiação.
“Quem precisa mais é quem está na rua. Eu como deputado federal fui vice-presidente da comissão que retomou o ‘Minha Casa, Minha Vida’ no Brasil. Sabe o que eu botei? População em situação de rua como uma das prioridades para ser atendida no ‘Minha Casa, Minha Vida’ no Brasil inteiro.”
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A declaração é #FATO. Veja por quê: O Programa Minha Casa, Minha Vida foi retomado em fevereiro de 2023, quando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou a Medida Provisória 1162. O texto final da MP, cujo relator foi o deputado Fernando Marangoni (União Brasil-SP), cita “famílias em situação de rua” como um dos perfis a serem priorizados na política habitacional, para atender “a provisão subsidiada de unidades habitacionais”. O trecho está no artigo 8º do documento.
Deputados que participaram da Comissão, entre eles Guilherme Boulos, propuseram complementações no documento, como o detalhamento das pessoas que teriam o direito à moradia priorizado, evidenciando que o candidato do PSOL acerta ao mencionar a população de rua como prioridade do Programa.
E foi em abril, dois meses depois da sanção do texto, que o psolista assume como vice-presidente da Comissão. Ele também alterou um trecho do documento para incluir o programa Cozinha Solidária, inspirado em uma iniciativa do MTST, para fornecer alimentos gratuitos a pessoas em situação de rua.
“Nós tivemos mais gente sem luz em São Paulo por uma ventania de menos de uma hora, do que gente sem luz na Flórida pelo furacão Milton.”
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#NÃOÉBEMASSIM. Veja por quê: No último domingo (13), dois dias após a tempestade que atingiu São Paulo, a Enel comunicou em boletim que 1,45 milhão de imóveis ainda estava sem energia elétrica. Na mesma data — três dias após a passagem do furacão Milton nos Estados Unidos – 1,35 milhão de residências notificaram estar sem luz na Flórida, segundo o site de monitoramento United States Power Outage.
Entretanto, analisando o auge dos eventos climáticos, a Flórida foi mais afetada do que São Paulo. No total, as chuvas e ventos fortes deixaram 2,1 milhões de imóveis no escuro na capital paulista e Região Metropolitana na sexta (11). Enquanto nos Estados Unidos, na quinta (10), um dia após a passagem do furacão, mais de 3 milhões de pessoas estavam sem eletricidade.
Participaram da checagem: Giovanna Durães, Isadora Camargo, Klauson Dutra, Letícia Dauer, Mel Trindade e Roney Domingos
Fato ou Fake explica:
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