16 de outubro de 2024

Belo Horizonte tem novo caso de superfungo confirmado em hospital

Ao todo, são quatro diagnósticos. Dois pacientes permanecem internados. Outros 24 aguardam resultado dos exames. Hospital de Pronto-Socorro João XXIII, em Belo Horizonte
Reprodução/TV Globo
A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) confirmou, nesta quarta-feira (16), mais um caso de infecção por superfungo Candida auris no Hospital João XXIII, em Belo Horizonte. Ao todo, são quatro diagnósticos.
Segundo a pasta, dois pacientes já tiveram alta, e dois permanecem internados. Outros 24 aguardam resultado dos exames.
O fungo tem alta transmissibilidade e capacidade de colonizar rapidamente a pele e o ambiente. Além disso, é muito resistente a medicamentos e pode ser fatal (leia mais abaixo).
O que é o superfungo e por que ele é considerado uma ameaça à saúde pública
De acordo com a SES-MG, os leitos dos pacientes infectados são mantidos isolados. O Hospital João XXIII também adotou outras medidas de prevenção, como higienização das mãos, precaução de contato (uso de luvas e avental) com casos suspeitos e testes para detecção de novos casos.
Saiba mais
O Candida auris foi identificado pela primeira vez em 2009, no ouvido de uma paciente internada no Japão.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) foi notificada sobre o possível primeiro caso positivo no Brasil em dezembro de 2020, em um paciente internado na Bahia. O superfungo foi identificado após análises laboratoriais. Desde então, o país registrou diversos surtos.
Segundo alerta emitido pela Anvisa após a notificação do primeiro caso no Brasil, o Candida auris representa uma “séria ameaça à saúde pública” porque:
apresenta resistência a vários medicamentos antifúngicos comumente utilizados para tratar infecções por Candida. Algumas cepas de Candida auris são resistentes a todas as três principais classes de fármacos antifúngicos;
pode causar infecção em corrente sanguínea e outras infecções invasivas, podendo ser fatal, principalmente em pacientes com comorbidades;
a identificação desse fungo requer métodos laboratoriais específicos, já que a Candida auris pode ser facilmente confundida com outras espécies de leveduras;
pode permanecer viável por longos períodos no ambiente (semanas ou meses) e apresenta resistência a diversos desinfetantes;
é propenso a causar surtos devido à dificuldade de identificação por métodos laboratoriais rotineiros e de eliminação do ambiente contaminado.
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