Contaminação da água pode causar problemas de saúde como leptospirose, disenteria e febre tifoide, alerta especialista. Polícia investiga lançamento de esgoto em rios de Pouso Alegre, MG
Ambientalistas flagraram um lançamento de esgoto em dois rios de Pouso Alegre (MG). Após as denúncias, a Polícia Militar de Meio Ambiente iniciou uma investigação e a prefeitura alegou ter aberto uma Ação Civil Pública (ACP).
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Voluntários gravaram vídeos identificando a contaminação no Rio Mandu e no Rio Sapucaí Mirim. Nas imagens, é possível enxergar um líquido escuro que não se mistura com a água do rio.
A reportagem da EPTV conversou com o tenente da Polícia Militar de Meio Ambiente, Daniel, responsável por analisar o caso. Ele afirmou que a polícia ainda está investigando a contaminação e não é possível determinar um período de conclusão no momento. Caso comprovada, será feito um boletim de ocorrência baseado no artigo 54 da Lei dos Crimes Ambientais.
“Com esse auto, ele pode chegar até 15 mil UFEMGs [Unidades Fiscais do Estado de Minas Gerais], ou aproximadamente R$ 80 mil, ou até mais, dependendo das agravantes ou das circunstâncias que incidirem sobre o caso”, informou o tenente.
Polícia ambiental investiga contaminação por esgoto em rios de Pouso Alegre
Reprodução EPTV
A água do esgoto pode conter diversos tipos de microorganismos. Essas bactérias, fungos, vírus e outros parasitas em geral são capazes de causar doenças como leptospirose, disenteria, febre tifoide, cujos primeiros sintomas são diarreia, febre e, às vezes, vômito.
Caso a população apresente alguns desses sintomas, a mestre em Microbiologia, Angélica Adami, alerta para a população procure a unidade de saúde mais próxima.
“O que a gente orienta é que logo procure o sistema de saúde para poder cuidar e fazer exames específicos, porque como é uma microbiota muito específica que está nesse contato, não só microrganismos, mas também agentes químicos, resíduos químicos, então pode ter várias doenças associadas”, explica a especialista.
A Prefeitura de Pouso Alegre informou ter ajuizado uma ACP contra a Copasa em 2019 para responsabilizar a concessionária por falhas do sistema de esgotamento sanitário. De acordo com a prefeitura, o processo segue em fase de produção de prova pericial e aguarda uma sentença.
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