17 de outubro de 2024

Instituto Felipe Neto é lançado em escola pública do Rio com foco na saúde mental dos alunos: ‘Área negligenciada’, diz influenciador

Uso de telefones celulares e redes sociais será um dos temas. Projeto começa em unidade na Gávea que atende centenas de moradores da Rocinha, e a ideia é expandir para todo o país. Foi inaugurado nesta quarta-feira (16) na Escola Municipal Desembargador Oscar Tenório, na Gávea, Zona Sul do Rio, o Instituto Felipe Neto. A ONG pretende oferecer conteúdo sobre saúde mental, educação midiática e orientações para buscar ajuda nas escolas públicas de todo o país.
A relação dos alunos com o celular e as redes sociais será um dos temas – desde fevereiro, as escolas municipais do Rio proibiram os telefones.
“A minha própria experiência, compartilhada com meus seguidores, despertou uma onda de mensagens relatando questões de ansiedade, depressão e ideação suicida. Durante muito tempo recebi essas mensagens e nada pude fazer. Acredito que o Instituto Felipe Neto possa fazer esse papel, possa ajudar as pessoas que buscam algum tipo de apoio”, disse o influenciador Felipe Neto, que participou da inauguração.
Felipe Neto, o secretário Renan Ferreirinha e alunos da escola Oscar Tenório
Divulgação / Prefeitura do Rio
Em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde, o instituto vai oferecer um ambiente multidisciplinar de acolhimento chamado Espaço Vida e um aplicativo batizado de HUG (abraço, em inglês).
“Existe uma necessidade urgente de oferecer um suporte adequado. Durante o desenvolvimento do trabalho entendemos que precisaríamos atuar no nascedouro do problema e não no efeito. E assim será feito neste início. Estamos vivendo uma epidemia global relacionada ao tema saúde mental, uma área negligenciada, mas que é crucial para o bem-estar geral”, explica Felipe Neto.
Além de Felipe Neto, participaram da inauguração o vice-prefeito eleito do Rio, Eduardo Cavalieri, e o secretário municipal de Educação, Renan Ferreirinha.
A Escola Desembargador Oscar Tenório, que atende cerca de 700 alunos – a maior parte de moradores da Rocinha – vai funcionar como um programa piloto, onde a equipe técnica do Instituto pretende avaliar a eficácia da metodologia implementada e realizar os ajustes conforme necessário.
Em um segundo momento, a ideia é expandir a atuação para mais escolas das redes públicas de ensino em todo o Brasil.

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