23 de setembro de 2024

10 dicas para iniciar um planejamento financeiro

Saiba como atitudes simples para controlar despesas e atingir metas de curto a longo prazo podem te ajudar Sair das dívidas, realizar uma viagem, o sonho da casa própria, uma aposentadoria mais cedo, com tempo de sobra. Essas são algumas das principais metas elencadas na hora de colocar a vida financeira em ordem. Mas, para quem não costuma planilhar ganhos e custos, começar pode ser difícil. Definir a situação atual, metas, plano de ação e estratégias para seguir com foco nas prioridades estão entre as etapas necessárias para conquistar resultados de forma mais assertiva.
Anotar, controlar, gerenciar e tomar boas decisões. O planejamento financeiro exige não somente enxergar despesas e receitas, mas definir prioridades e mirar sempre nelas. Para te ajudar nessa missão, confira dez dicas com estratégias simples para controlar as despesas e manter as finanças em dia para maximizar os ganhos.
1. Saiba sua situação financeira atual
Sonhos devem condizer com a situação financeira atual e as metas estabelecidas para curto, médio e longo prazo. Se o objetivo é economizar e obter uma reserva financeira de vinte mil reais, por exemplo, gastar dez mil com uma viagem à Europa estaria provavelmente fora do orçamento.
Por isso, é preciso se questionar sobre o momento da vida financeira e refletir sobre o quanto a pessoa ganha por mês, os gastos mensais, as dívidas, os juros, se há valores investidos e quais os gastos que são mais e menos importantes no dia a dia.
2. Controle as despesas
O segundo passo é controlar as despesas diariamente, ou semanalmente, para visualizar onde os recursos obtidos por salário estão sendo direcionados. Caderno, planilha no Excel e aplicativos para o celular são aliados de uma organização financeira completa.
“O que importa é anotar. Coloque os gastos com cafezinho, sorvete, Uber. Detalhes, não subestime os gastos pequenos. Classifique os seus gastos. O que são dívidas? O que são gastos essenciais? E com muito cuidado, observe os não essenciais. Quando classificamos podemos refletir melhor se realmente faz ter esse gasto, ao definir se ele é importante, supérfluo, ou até um desperdício”, destaca Daiane Gubert, especialista em investimentos.
3. Construa seu orçamento pessoal
Os gastos devem ser organizados em categorias, sejam eles gastos fixos com a casa, supermercado, alimentação fora do domicílio, esportes, lazer, entre outros. Após esse processo, é possível verificar cada categoria e avaliar o que é necessário manter e o que pode ser cortado. A especialista orienta realizar esse procedimento várias vezes, pois um item que pode parecer necessário pode ser percebido como algo que não faz tanto sentido, comprometendo o alcance de determinados objetivos.
Caso os gastos fixos sejam muito elevados, é preciso destinar uma parcela maior da renda para este fim ou encontrar uma maneira de reduzir esse valor – seja por meio de renegociação de contrato, mudança de imóvel ou outra estratégia. A partir dessa fase, os valores para lazer e investimentos devem ser separados dos demais, que são obrigações. Mesmo que o montante destinado para a conta de investimentos pareça pequeno, o importante é começar a investir, para depois, conforme o tempo, ampliar os aportes e diversificar.
4. Cuidado com distrações e controle emocional
Quem não comprou um lanche após um dia tenso no trabalho, uma roupa cara e mudou o visual após um término que atire a primeira pedra. No entanto, a especialista reforça a importância de controlar as emoções na hora de cumprir o orçamento programado, evitando distrações que podem comprometer a vida financeira a longo prazo. A CEO da Phidias Investimentos reforça que efetuar compras fora do planejamento pode prejudicar a construção da tranquilidade financeira.
“Emoção e razão disputam sempre sua atenção. Lembre-se dos combinados que você fez com o seu planejamento e seu objetivo final. É a hora de se manter no controle da situação”, orienta Gubert.
Atenção redobrada com as contas no cartão de crédito. Com ele a mãos, comprar de forma parcelada ou pela internet pode ser fácil, mas pode comprometer uma parcela do orçamento necessária para gastos fixos com supérfluos. Cabe avaliar se o uso traz benefícios, se juros são pagos, ou se as contas são pagas sempre em dia.
5. Consulte e compare os preços
Ainda que o tempo possa ser escasso, na correria da rotina, realizar as compras com pressa, sem prestar atenção e realizar pesquisas de preços, pode sair mais caro. Estar atentos a promoções, considerando gastos com trajetos, comprar itens da estação, fazer trocas inteligentes, como compras de vegetais no dia da feira, da carne, entre outros, optar por refeições dentro de casa, com menos delivery e idas a restaurantes, pode fazer uma grande diferença quando o objetivo é cortar gastos supérfluos.
Além disso, com compras online, alguns itens podem facilmente ser comprados com preços mais acessíveis, como cosméticos, perfumes, bolsas, eletrônicos e eletrodomésticos, livros… A consulta é essencial para comparar preços, produtos e prioridades.
6. Reserva de emergência
Ninguém quer, mas todos possuem emergências como acidentes, doenças, perda de emprego. Problemas e imprevistos acontecem, o que torna essencial uma reserva financeira. Economistas divergem sobre o montante necessário nessa reserva, mas a especialista afirma que pode ser indicado um valor como o suficiente para pagar seis meses de despesas totais para trabalhadores formais e de quinze a dezoito meses para informais, autônomos e profissionais liberais. Esses valores precisam de liquidez – precisam ter a garantia de que podem ser sacados se for necessário.
“Esse dinheiro da reserva de emergência deve ser investido no tesouro direto Selic com liquidez diária, ou CDB, LCA, LCI com liquidez diária. Deve ser ultraconservador. Lembrando que caderneta de poupança não é investimento”.
7. Busque novas fontes de renda
Receber uma promoção, trocar de cargo, mudar de empresa, oferecer dedicação a mais no trabalho como hora extra, ou até como freelancer, além de vender produtos e serviços, são apenas algumas das formas de alavancar os ganhos. Somente com a renda de assalariado, os objetivos podem ser alcançáveis, mas demoram um pouco mais para serem atingidos.
Ao conquistar uma fonte de renda extra, o trabalhador fica menos dependente do salário e tem menos problemas se ficar desempregado por um período de tempo. Assim, reorganizar as finanças é um processo mais ágil. Com uma fonte de renda extra, é possível acelerar a realização da organização financeira e dar início aos investimentos de forma mais consistente, ampliando os aportes em diversas classes de ativos.
8. Dinheiro é sobre hábitos – ter objetivos claros auxilia no processo
Mudar os hábitos é fundamental para atingir as metas financeiras e, na opinião da especialista, o maior desafio está nos primeiros 30 dias. Ser disciplinado, focado, firme no projeto, é essencial. Metas e objetivos são fundamentais em várias áreas das vidas, lembra Gubert. Por isso, é preciso ter clareza, anotar em post it aquele objetivo, na tela do celular, na geladeira, ou onde for possível ver o destino almejado com clareza. Sonhar é bom, mas ser realista ajuda a manter uma rotina e desenvolver um ambiente que possa levar, passo a passo, a pessoa mais próxima daquelas metas.
“Crie um planejamento com metas ousadas, mas possíveis. Ajuste as metas no caminho se for preciso, só tenham em mente as suas condições. Se for algo muito distante, você não conseguirá cumprir. Um passo de cada vez e o mais importante é começar”, conclui a especialista.
9. Invista de forma diversificada
Com um orçamento organizado e uma reserva de emergência com ativos de alta liquidez, é a hora de investir, por meio de aportes mensais, o dinheiro com foco nos objetivos de médio e longo prazo. Para isso, o primeiro passo elencado pela especialista é conhecer o perfil de investimento: do mais conservador ao mais arrojado. Com esse perfil estabelecido, é mais fácil ter tranquilidade financeira.
“Lembre-se sempre que os investimentos precisam de tempo para entregar o retorno esperado. Quanto maior o prazo, melhor a condição do investidor. Quanto maior o ganho, maior o risco de oscilações. Seja disciplinado e siga seu perfil de investidor”.
Títulos de renda fixa, fundos multimercados, ações, debêntures e fundos imobiliários são apenas algumas das vastas opções disponibilizadas por corretoras de investimentos em aplicativos que podem ser utilizados no celular. É importante ler e estudar o ativo antes de investir, prestar atenção nos riscos envolvidos, possíveis oscilações, taxas envolvidas e outros fatores.
10. Mantenha clareza sobre seus propósitos
Construindo esse planejamento, é fundamental traçar metas que sejam também um incentivo para permanecer disciplinado.
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