Concurso é voltado para crianças e jovens entre 4 e 18 anos matriculadas na rede pública ou privada de Araxá; inscrições vão até o dia 11 de junho O multiartista Ziraldo, falecido recentemente, é o Patrono da 12ª edição do Fliaraxá, e sua obra será o tema do consagrado Prêmio de Redação e Desenho, considerado um dos momentos mais importantes do Festival, que mobiliza todas as escolas do município de Araxá.
A proposta do Prêmio é estimular a criação literária e artística das crianças e dos jovens, no formato Fanfic, com o objetivo de revelar novos talentos. Os candidatos devem se basear em qualquer livro ou personagem do Ziraldo e escrever uma redação que conte uma história inventada; assim como criar um desenho, tendo a obra de Ziraldo como inspiração. As produções dos estudantes devem ser enviadas para a Coordenação do Fliaraxá até as 23h59 do dia 11 de junho. O regulamento completo do Prêmio de Redação e Desenho do Festival está disponível no site do evento: www.fliaraxa.com.br.
Com prêmios em dinheiro, além de troféus, as redações devem ser escritas em sala de aula. A própria escola faz a seleção interna e é a responsável por enviar os desenhos e redações para concorrer ao Prêmio. Além disso, os professores dos alunos premiados serão agraciados com livros escolhidos pela Coordenação.
Crianças e adolescentes vencedores do Prêmio de Redação do 11º Fliaraxá, juntamente a autores da programação do Festival
Drigo Diniz
Podem participar do concurso alunos de 4 a 18 anos, de escolas públicas e privadas de Araxá. Ao todo, são seis categorias (três para “desenho” e três para “redação”), sendo que cada uma conta com 1.º, 2.º e 3.º lugares.
A novidade desta edição é que o Prêmio de Redação e Desenho do 12.º Fliaraxá abre uma nova categoria, voltada para estudantes PCDs (Pessoas Com Deficiência) entre 9 e 18 anos de idade, não alfabetizados. Ou seja, estes alunos, que não dominam a linguagem escrita, podem participar com um Desenho, seguindo a temática proposta pelo Festival. Os estudantes PCD entre 4 e 8 anos participam da Categoria 1 (Desenho)– de 4 a 5 anos (Educação Infantil) – e da Categoria 2 (Desenho) – de 6 a 8 anos (Fundamental I). A criação de uma categoria voltada a crianças e adolescentes PCDs visa a ampliação de possibilidades para garantir e estimular as potencialidades de toda a rede educacional araxaense, com equidade.
Acesse aqui o Regulamento do Prêmio de Redação e Desenho do 12.º Fliaraxá
Acesse aqui a Folha de Desenho Oficial do Prêmio
Acesse aqui a Folha de Redação Oficial do Prêmio
Acesse aqui o Termo de Autorização de Imagem (estudantes menores de 18 anos)
Quem foi Ziraldo
Ziraldo Alves Pinto, nascido em Caratinga, Minas Gerais, no dia 24 de outubro de 1932, e falecido no Rio de Janeiro, em 6 de abril de 2024, destacou-se como cartunista, chargista, pintor, escritor, dramaturgo, cartazista, caricaturista, poeta, cronista, desenhista, apresentador, humorista, advogado e jornalista.
O desenhista e cartunista Ziraldo, em momento de trabalho, em foto de arquivo de 18 de maio de 1969
IARLI GOULART/ESTADÃO CONTEÚDO
Começou a escrever histórias em quadrinhos aos 12 anos quando criou a personagem Capitão Tex. Em 1949, aos 17 anos, publicou sua primeira HQ. Foi um dos pioneiros das revistas em quadrinhos no Brasil quando editou, em 1960, a “Turma do Pererê”. Três anos depois, passou a desenhar para o Jornal do Brasil, veículo que deu a ele destaque nacional. No ano seguinte, com o início da Ditadura Militar, a “Turma do Pererê” deixou de ser publicada. Em meio a essa época soturna, Ziraldo fundou “O Pasquim”, jornal de oposição ao regime militar. A oposição do autor à ditadura o levou à prisão em 1968, logo após a decretação do AI-5. Ele passou a sofrer com a censura e a perseguição política, e foi só em 2008 que conseguiu indenização pelos prejuízos que teve durante o período da Ditadura Militar.
Seu primeiro livro infantil, “Flicts”, foi publicado em 1969, mas seu grande sucesso editorial foi o livro “O menino maluquinho”, de 1980. A partir de então, seu trabalho enquanto autor de livros infantis o destacou – mesmo com sua atuação como cartunista e seu posicionamento político como jornalista.
Sobre o Fliaraxá
A CBMM apresenta, há 12 anos, o Festival Literário Internacional de Araxá, que tem o patrocínio do Itaú e Bem Brasil, via Lei Rouanet do Ministério da Cultura. Participam, na qualidade de apoio cultural, a Prefeitura de Araxá, a Fundação Cultural Calmon Barreto, a TV Integração, a Embaixada Francesa no Brasil, o Institut Français e a Academia Araxaense de Letras. Todas as atividades do Festival são gratuitas, com a curadoria nacional de Afonso Borges, Tom Farias, Sérgio Abranches e curadoria local de Rafael Nolli, Luiz Humberto França e Carlos Vinícius Santos da Silva.