Da Itália a Portugal, passando pela Espanha: já tomou vinhos desses terroirs? O universo dos vinhos é tão vasto que uma vida talvez não baste para experimentar rótulos de todas as regiões vitivinícolas do mundo. Mas há algumas dessas regiões que os verdadeiros amantes da bebida devem conhecer.
A seguir listamos cinco terroirs de Itália, Espanha e Portugal que produzem grandes vinhos e que não são tão famosos. E você confere também alguns rótulos essenciais para a sua adega.
Abruzzo
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Situada no litoral meridional da Itália, o Abruzzo é uma região ainda pouco conhecida no Brasil, apesar de produzir vinhos de ótimo custo-benefício. A uva tinta Montepulciano é a rainha inconteste.
Ela dá vida a vinhos que vão de aromas de frutas vermelhas parecidos com a Merlot a rótulos mais encorpados e de frutas negras com potencial de envelhecer por dez anos ou mais.
Experimente o Corbelli Montepulciano d’Abruzzo DOC, um tinto de aromas de fruta vermelha madura, com notas florais e de especiarias. Em boca, é encorpado, muito saboroso e equilibrado. Ideal para acompanhar carnes vermelhas grelhadas, massa à bolonhesa ou queijos maturados, como Gruyère, Estepe, Provolone e Parmesão.
Já, entre as uvas brancas, se destaca a Trebbiano d’Abruzzo. Vale a pena provar o Caldora Trebbiano d’Abruzzo DOC, rótulo branco que apresenta aromas de frutas tropicais. Em boca, possui acidez bem integrada e final refrescante. Acompanha entradas, aperitivos e pescados.
Andaluzia
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Essa ensolarada e quente região ao sul da Espanha é famosa no mundo todo pelo Jerez, vinho fortificado elaborado pelo sistema de criaderas e soleras. É produzido apenas com uvas cultivadas nas cidades de Jerez de la Frontera, Puerto de Santa Maria e Sanlúcar de Barrameda, conhecido como triangulo de Jerez.
Existem vários estilos de Jerez, mais secos ou mais doces, mais claros ou mais escuros, e cada um pode ser apreciado em diferentes ocasiões: como aperitivo, para harmonizar com comida ou para finalizar uma refeição.
A Fernando de Castilla é uma das vinícolas mais importantes da região devido a elevada qualidade de seus rótulos. Se você gosta de vinho bem seco, prove o Jerez Fino Classic Dry Sec, com notas salinas e ótima acidez. Harmoniza com embutidos, como o jamón ibérico, frutos secos, azeitonas, mariscos e peixes.
Já o Jerez Premium Cream apresenta aromas adocicados, com notas de frutos secos. Em boca, é doce e harmoniza com queijos, frutas secas e castanhas.
Bairrada
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Nesta porção de território localizada ao norte de Portugal, entre as cidades de Porto e Coimbra, a uva tinta Baga é a rainha indiscutível.
Com aromas de amora, cassis, ameixa e cereja, a Baga produz vinhos ricos em taninos, com bastante corpo e potencial de guarda de anos ou até mesmo décadas. Ela é considerada às vezes a Pinot Noir portuguesa, outras vezes a Nebbiolo.
A enóloga Filipa Pato é famosa no mundo inteiro por elaborar vinhos autênticos e sem maquiagem, isto é, sem produtos químicos e com a menor intervenção enológica possível. O objetivo é criar rótulos que reflitam ao máximo o terroir da Bairrada, usando os conceitos da agricultura biodinâmica.
Prove o Espumante 3B Rosé, elaborado pelo método tradicional. É frutado e tem notas de fermento de pão e um toque tostado. Excelente sozinho, mas também indicado para acompanhar uma refeição inteira, da entrada ao prato principal.
Um tinto imperdível é o Quinta do Valdoeiro Reserva, que apresenta aromas complexos de frutas que lembram mirtilos, com notas minerais. Em boca, possui ótima estrutura, taninos sedosos e acidez refrescante.
Elaborado apenas nos anos em que a Baga atinge a plena expressão. Possui grande potencial de guarda. Amadureceu por 24 meses em barrica de carvalho francês e harmoniza com leitão assado.
Basilicata
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Localizada no sul da Itália, essa pequena região possui uma DOC chamada Aglianico del Vulture, situada nas encostas do vulcão extinto Vulture. Esse tinto é um dos vinhos mais nobres da Itália meridional e, por isso, é conhecido como “Barolo do Sul”.
De amadurecimento tardio, a uva Aglianico precisa de verões muito quentes e secos. O resultado é um tinto encorpado e tânico, que necessita de anos de amadurecimento para revelar toda sua complexidade.
Prove o Pipoli Aglianico del Vulture DOC, tinto com intensos aromas de cereja preta, notas de especiarias e baunilha. Em boca, apresenta boa estrutura e taninos maduros. 40% do vinho envelhece em barris por um período de 10 meses e posteriormente estagia em garrafa durante 3 meses antes da comercialização. É indicado para pratos à base de carnes ou para acompanhar queijos temperados.
Outro grande rótulo dessa região é o Piano del Cerro Aglianico del Vulture DOC, tinto com aromas de amoras e especiarias. Em boca, se destacam as notas balsâmicas, a excelente estrutura e o longo final. Amadureceu em barrica de carvalho por 24 meses. Perfeito para acompanhar pratos à base de carnes.
Dão
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Situada ao norte e no interior de Portugal, ao leste da Bairrada, o Dão é outra região menos conhecida do país. Ali são produzidos tintos suculentos, frutados e amigáveis, entre os mais finos do país. Os brancos são perfumados e tem potencial de envelhecimento.
Como o Quinta do Penedo DOC Dão Branco, um rótulo de aromas minerais com notas de flores frescas. Em boca, é elegante e possui ótima acidez. Combina com risotos e massas com molhos leves.
Já o Quinta do Penedo DOC Dão Tinto apresenta aromas frutados com notas minerais. Em boca, destacam-se as frutas, a ótima acidez, o equilíbrio e a elegância. Amadureceu por 12 meses em barrica de carvalho e harmoniza com massas com molhos de carne e com queijos de meia cura.
BEBA MENOS, BEBA MELHOR.