16 de janeiro de 2025

Abruzzo, a nova fronteira dos amantes dos vinhos

Região no centro da Itália destaca-se pelo tinto Montepulciano. Em 2023, a importante revista Wine Enthusiast elegeu Abruzzo a região vitivinícola do ano. A pequena área do centro da Itália, há muitos anos melhorou a qualidade de seus vinhos e ganhou mercado internacional graças a rótulos de ótimo custo-benefício.
Nesse território que se estende do mar Adriático à serra Appennino reina a uva tinta Montepulciano, a mais cultivada do Abruzzo e a segunda mais plantada do país, atrás da uva Sangiovese, que é difundida em todo o centro da Itália, especialmente na Toscana onde produz os famosos Brunello, Chianti e Vino Nobile di Montepulciano.
Apesar do nome, este último não tem nada a ver com a uva Montepulciano, mas refere-se a uma pequena cidade do sul da Toscana que batiza o vinho. Quem disse que os italianos simplificam as coisas?
Em anos mais recentes, outras cepas locais ganharam destaque na viticultura abruzzesa, como a Cerasuolo, que elabora tintos mais leves e frescos, e as brancas Trebbiano, Pecorino (sim, carrega o mesmo nome do queijo de ovelha) e Passerina, além das internacionais Chardonnay, Cabernet Sauvignon e Merlot.
Voltando à uva Montepulciano
Ela dá vida a vinhos que vão de aromas de frutas vermelhas parecidos com a Merlot a rótulos mais encorpados e de frutas negras com potencial de envelhecer por dez anos ou mais.
Embora seja cultivada também em outras regiões, como Marche, Molise e Puglia, a Montepulciano encontrou no Abruzzo um terroir e um expertise que extraem o melhor dela. Isso ocorreu sobretudo nos últimos 40 a 50 anos, quando os vinhedos desceram a serra, afastando-se das encostas mais íngremes e se aproximando do mar.
O clima, com fortes excursões térmicas entre dia e noite, é propício para o amadurecimento das uvas e a preservação da acidez, elemento que dá frescor à bebida. O Abruzzo conta, atualmente, com duas Denominações de Origem Controlada e Garantida (DOCG), sete DOCs (Denominação de Origem Controlada) e nove Indicações Geográficas Típicas (IGT).
Os tintos são vinhos extremamente gastronômicos que combinam com a culinária local como carne de carneiro, embutidos e queijos duros. Mas, em geral, vão bem com pratos da tradição italiana como pizzas e massas ao sugo. Já os brancos, como o Trebbiano, são perfeitos com antepastos e pescados.
Ficou curioso para experimentar vinhos do Abruzzo? Confira os rótulos trazidos ao Brasil pelas importadoras Porto a Porto e Casa Flora.
Corbelli Montepulciano d’Abruzzo DOC Abruzzo
Tinto de aromas de fruta vermelha madura, com notas florais e de especiarias. Em boca, é encorpado, muito saboroso e equilibrado. Ideal para acompanhar carnes vermelhas grelhadas, massa à bolonhesa ou queijos maturados, como Gruyère, Estepe, Provolone e Parmesão. 
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Caldora Montepulciano d’Abruzzo DOC
Apenas os 200 melhores hectares da vinícola são selecionados para a elaboração dos vinhos engarrafados com o nome Caldora. A maior parte dos vinhedos localiza-se na área de Ortona, um microclima muito especial numa faixa de 25 km entre a Costa Adriática e a Montanha Maiella.
Na degustação, apresenta aroma de frutas vermelhas. No paladar, é encorpado, com taninos bem estruturados e equilibrado. Ideal para acompanhar carnes vermelhas, massas com molhos e pizzas.

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Caldora Yume Montepulciano d’Abruzzo DOC
Apresenta aromas de frutas vermelhas, notas de flores secas e especiarias. Em boca, é encorpado, quente e com taninos abundantes, porém macios. Amadureceu por 6 meses em barricas francesas e americanas. Ideal para acompanhar carnes, massas com molhos de carne e queijos curados.

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Caldora Trebbiano d’Abruzzo DOC
Vinho branco que apresenta aromas de frutas tropicais. Em boca, possui acidez bem integrada e final refrescante. Acompanha entradas, aperitivos e pescados.

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BEBA MENOS, BEBA MELHOR.

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