1 de novembro de 2024

Ação de vacinação segue até esta quarta (30) em Oiapoque após detecção do vírus da pólio na Guiana Francesa


Segundo a Superintendência de Vigilância em Saúde (SVS) do Amapá, imunização foi intensificada nos últimos dias com a realização de busca ativa nas casas de moradores. Vírus foi encontrado em águas de esgoto em cidades do departamento ultramarino francês. Vacinação contra a poliomielite em Oiapoque, no Amapá
Dejane Lira/Prefeitura de Oiapoque
Em Oiapoque, uma ação conjunta de vacinação contra a poliomielite encerra nesta quarta-feira (30). O objetivo da campanha conjunta entre os governos Federal, Estadual e Municipal é alcançar 95% do público-alvo, que são crianças de até 5 anos.
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A poliomielite, também é chamada de “paralisia infantil”, é uma doença infectocontagiosa.
A mobilização acontece após a confirmação do poliovírus ser encontrado em águas de esgoto na Guiana Francesa. Amostras coletadas detectaram a presença do poliovírus tipo 3 derivado da vacina (VDPV3) em amostras ambientais coletadas em Caiena e em Saint Georges de l’Oyapock.
O secretário de saúde de Oiapoque, Josimar Santos, descreveu que desde o alerta emitido pela Organização Pan-Americana da Saúde em 14 de outubro, as estratégias foram intensificadas na região.
“Nós estamos fazendo uma ação preventiva, que é uma ação integrada entre o Ministério da Saúde, a Surpreendente de Vigilância em Saúde (SVS) e o município. Estamos vacinando menores de 5 anos e também fazendo a parte laboratorial. E claro, o objetivo é aumentarmos a cobertura vacinal, para 95%”, disse o secretário.
Em 2024, a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) celebrou 30 anos sem pólio selvagem nas Américas. No ano passado, 87% das crianças nas Américas receberam a terceira dose da vacina contra a poliomielite necessária para a imunização completa.
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Detecção do vírus
De acordo com o relatório da OPAS/OMS, em 2 de agosto o Laboratório Global Especializado (GSL) da Rede Gobal de Laboratórios de Pólio (GPLN) no Institut Pasteur de Paris, informou às autoridades de saúde francesas a detecção do poliovírus em uma amostra de água residual ambiental coletada em 26 de junho de 2024 em Caiena.
Essa amostra, segundo a Organização, foi coletada como parte de um projeto de pesquisa coordenado pela agência de pesquisa francesa para doenças infecciosas emergentes.
Segundo a SVS, cerca de 35% do público-alvo foi imunizado no município de Oiapoque. Desse total, segundo a Superintendência, até o dia 22 deste mês foram vacinadas 51,22% de crianças com a vacina inativada poliomielite (VIP) e 38,05% com a vacina oral poliomielite (VOP) no município de Oiapoque.
Poliomielite
A poliomielite é uma doença rara e se espalha depois que uma pessoa não lava as mãos adequadamente após usar o banheiro e depois toca alimentos ou água consumidos por outras pessoas. A doença também se transmite por tosse e espirro, mas isso é mais raro.
A maioria das pessoas não apresenta sintomas e se cura sem nem saber que foi infectada. Um pequeno número tem sintomas semelhantes aos da gripe por até três semanas.
Não existe tratamento específico e as vítimas de contágio devem ser hospitalizadas, recebendo tratamento para os sintomas.
No Brasil, todas as crianças menores de cinco anos de idade devem ser vacinadas conforme esquema de vacinação de rotina e na campanha nacional anual. O esquema vacinal contra a poliomielite é de três doses da vacina injetável (aos 2, 4 e 6 meses) e mais duas doses de reforço com a vacina de gotinha.
A poliomielite é considerada erradicada no Brasil. O último caso de poliomielite no Brasil foi confirmado em março de 1989, na Paraíba. A OMS certificou a erradicação da doença no país em 1994.
Mas segundo a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), o Brasil está na lista de países em que existe risco de volta da poliomielite.
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