Tenente da corporação em Uberlândia dá dicas de como prevenir acidentes domésticos no dia a dia. Orientação é também conversar e ensinar as crianças sobre como evitar alguns perigos. Acidentes Domésticos
Acervo / Divulgação
Um levantamento feito pelo Ministério da Saúde aponta que cerca de 90% dos acidentes domésticos envolvendo crianças poderiam ser evitados com a prevenção.
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No entanto, às vezes, é a falta de conhecimento sobre o que deve ser prevenido que causa os incidentes.
O g1 conversou com o Corpo de Bombeiros de Uberlândia para entender quais cuidados devemos ter em casa para evitar os acidentes com os pequenos.
A corporação informou que os acidentes domésticos mais comuns que envolvem crianças são aqueles em que elas estão mais expostas no seu dia a dia, como cortes, queimaduras, intoxicações com produtos de limpeza, choques elétricos, afogamentos e engasgos.
Como esses acidentes estão presentes no cotidiano, é mais difícil evitá-los. Por isso, os bombeiros enfatizam que a supervisão é a melhor prevenção:
“Lidar com crianças é totalmente diferente. Elas não têm a percepção do risco a que estão se expondo, por isso devemos supervisioná-las 24 horas por dia.”
Por isso, há algumas providências para evitar tais acidentes:
Queimaduras
Normalmente, queimaduras acontecem na cozinha. Portanto, sempre mantenha produtos quentes fora do alcance das crianças, os cabos das panelas virados para dentro e use as bocas de trás do fogão.
Outro caso são queimaduras com eletrodomésticos, como ferros de passar e pranchas de cabelo. A dica é manter esses aparelhos fora do alcance das crianças e desligá-los imediatamente após o uso.
Cortes
Além de manter objetos perfurocortantes em locais inacessíveis às crianças, verifique se os brinquedos não têm partes afiadas ou quebradas que possam causar ferimentos.
Use protetores nas quinas de móveis e em objetos pontiagudos para evitar cortes acidentais. Ensine as crianças a usar objetos cortantes com segurança, sempre sob supervisão.
Choques Elétricos
Use protetores nas tomadas que não estiverem sendo utilizadas, isto evita que crianças insiram materiais dentro das tomadas.
Divulgação
Use protetores em todas as tomadas acessíveis às crianças. Os bombeiros ainda ressaltam que, se possível, além dos protetores, usar uma camada de fita isolante por cima das tomadas é outra medida importante.
Mantenha fios e cabos fora do alcance e nunca sobrecarregue tomadas. Mantenha aparelhos elétricos desligados quando não estiverem em uso.
Afogamentos
Aqui, a supervisão é o mais importante. Nunca deixe crianças sozinhas perto de banheiras, piscinas ou qualquer outro corpo de água. Mantenha a tampa do vaso sanitário fechada e, se possível, trancada.
Em casos de piscinas, instale cercas ao redor e use capas de segurança quando não estiverem em uso.
Intoxicação
Produtos de limpeza e higiene devem ser mantidos em locais que as crianças não têm acesso
Clariant/Divulgação
A atenção deve ser redobrada, pois alguns rótulos e embalagens, por serem coloridos e chamarem a atenção, podem lembrar doces e brinquedos.
Por isso, armazene produtos de limpeza, medicamentos e substâncias químicas em armários trancados e em lugares altos. E mantenha todos os produtos em suas embalagens originais com etiquetas legíveis.
Aconteceu, o que fazer?
E se o acidente acontecer, o que deve ser feito? Primeiro, mantenha a calma, verifique a gravidade do acidente e entre em contato com o Corpo de Bombeiros pelo número 193.
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Isso deve ser feito porque, como explicam os bombeiros:
“Quando recebemos a ocorrência, deslocamos a equipe até o local. Porém, há casos em que a espera não é possível, e os primeiros socorros precisam ser orientados por telefone mesmo.”
Eles também reiteram que, “dependendo da gravidade do caso, se o deslocamento for possível, os próprios responsáveis pela criança podem levá-la ao pronto-socorro.”
Desafio para os próprios bombeiros
O tenente Henrique Silva Figueiredo conta que, ao tratar dessas ocorrências, é sempre uma aflição, mesmo recebendo-as diariamente.
“Cada caso é um caso, nunca sabemos o que vamos encontrar. Por se tratar de crianças, mexe mais com a gente.”
O militar cita que acidentes são imprevisíveis, podendo ocorrer com qualquer pessoa, inclusive com eles mesmos, relembrando um caso ocorrido com um colega de profissão que, em um dia de folga estava, saiu por alguns minutos para ir à padaria que fica na esquina de casa e deixou uma criança sozinha.
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Quando voltou, cerca de 5 minutos depois, encontrou alguns buracos de queimado no sofá:
“Por mais que não pareça nada demais, se ele tivesse demorado um pouco mais, sabe-se lá o que poderia ter acontecido. O sofá é um material extremamente inflamável, então poderia pegar fogo e até incendiar a casa, expondo a criança e a vizinhança a risco.”
Diálogo e ensinamentos
Conforme o militar, também é importante sempre conversar com as crianças e ensiná-las como preveni-los. Além disso, é fundamental estabelecer regras de segurança e orientá-las sobre o que fazer em situações de emergência.
“O melhor é ensinar a criança que o perigo existe e mostrar para ela a que ela está se expondo. Com o tempo, ela vai aprendendo” .
*Estagiário sob supervisão da editora Juliana Netto
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