10 de janeiro de 2025

Acompanhantes de pacientes denunciam superlotação em hospital de Salvador: ‘dias nos corredores’

Situação acontece no Hospital Eládio Lasserre, unidade referência em atendimentos de emergência na região de Cajazeiras. Governo diz que atendimentos estão sobrecarregados. Acompanhantes de pacientes denunciam superlotação em hospital de Salvador
Acompanhantes de pacientes denunciaram que o Hospital Professor Eládio Lasserre, localizado no bairro de Águas Claras, em Salvador, tem apresentado superlotação, com pessoas nos corredores da unidade.
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Em nota, a Secretaria de Saúde da Bahia (Sesab) informou que o Hospital Eládio Lasserre e a Unidade de Emergência de Cajazeiras, ambos sob gestão estadual, estão com atendimentos sobrecarregados por causa da “omissão” da prefeitura da capital baiana.
O g1 entrou em contato com a Secretaria de Saúde de Salvador (SMS) e aguarda posicionamento sobre o caso.
Conforme a Sesab, o distrito de Cajazeiras tem cerca de 1 milhão de moradores e o Hospital Municipal, que fica na região, não contribui com esse acolhimento por ser “porta-fechada”, ou seja, atende apenas pacientes regulados.
A secretaria estadual afirmou ainda que também não há Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) municipais na região e que a prefeitura foi acionada pelo Ministério Público da Bahia (MP-BA) para se manifestar e contribuir com a solução do problema, mas até o momento não o fez.
Espera por regulação
Acompanhantes relatam superlotação no Hospital Eládio Lasserre
Reprodução/TV Bahia
O Hospital Eládio Lasserre é uma unidade referência em atendimentos de emergência na região de Cajazeiras. Em entrevista para a TV Bahia, Alessandra Santos disse que a mãe foi diagnosticada com tumores e está internada há 12 dias no hospital, quatro deles nos corredores da unidade.
De acordo com Alessandra Santos, a idosa precisa de uma regulação para outro hospital, mas a gestão do Eládio Lasserre tem justificado que não há vagas.
“Minha mãe está acamada, em tempo de morrer no leito, porque já tem dias de espera pela transferência. O caso dela é gravíssimo, não pode esperar mais e esse hospital não tem o suporte que ela precisa”, disse a mulher.
Alessandra afirmou ainda que não foi apenas a mãe dela que esperou por atendimento nos corredores do hospital.
“Várias pessoas ficam dias nos corredores quando chegam”, revelou.
Outra acompanhante de pacientes que fez um desabafo durante a reportagem foi Alexandra de Oliveira. A mãe dela tem 73 anos, faz diálise e também precisa ser regulada.
“Está aguardando uma regulação para fazer a retirada de um catéter. Já tem mais ou menos um mês, de vez em quando ela tem febre e eu desconfio que é por causa desse cateter”, disse preocupada.
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