31 de janeiro de 2025

Açougue em Feira de Santana é condenado a indenizar funcionária


A operadora de caixa vai receber R$ 7.366 por danos morais, após ter sido acusada de furtar dinheiro do caixa onde trabalhava. Açougue em Feira de Santana é condenado a indenizar funcionária acusada de furto
Reprodução/TV Subaé
Uma operadora de caixa de um açougue em Feira de Santana, a cerca de 100 km de Salvador, vai receber R$ 7.366 por danos morais, após ter sido acusada de furtar dinheiro do caixa onde trabalhava.
A decisão foi mantida pela 1ª Turma do Tribunal Regional do Trabalho da Bahia (TRT-BA), que negou o recurso da empresa JA Gomes Comércio Atacadista, Varejista e Indústria Ltda.
De acordo com o processo, em dezembro de 2023, a irmã do dono do açougue afirmou que R$ 10 mil haviam desaparecido do caixa. A operadora e o gerente da unidade foram então suspensos por oito dias para investigação.
A funcionária relatou que teve a chance de se defender, mas foi acusada de furto durante a conversa. Ela sugeriu que um Boletim de Ocorrência fosse registrado e pediu acesso às imagens das câmeras de segurança, mas as gravações nunca foram fornecidas. Sem explicações sobre o resultado da investigação, a operadora acabou demitida.
O juiz José Luiz da Costa Paiva, da 5ª Vara do Trabalho de Feira de Santana, considerou que a honra e a dignidade da trabalhadora foram violadas. Uma testemunha confirmou que o gerente comentou com outros funcionários que a demissão aconteceu porque “faltou dinheiro no caixa dela”, reforçando a acusação.
A empresa alegou que a dispensa ocorreu por contenção de despesas, mas o argumento foi rejeitado, já que outra pessoa foi contratada para a mesma função. Com isso, o açougue foi condenado a pagar uma indenização equivalente a cinco vezes o último salário da funcionária.
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O caso chegou ao TRT-BA, e o relator do recurso, desembargador Marcos Gurgel, decidiu manter a sentença. Ele destacou que a empresa acusou a funcionária de furto sem apresentar provas e que a situação se tornou pública dentro do ambiente de trabalho.
A decisão foi acompanhada pelos votos da desembargadora Luíza Lomba e da juíza convocada Dilza Crispina.
O g1 entrou em contato com a suposta empresa condenada, mas não obteve retorno até o momento da publicação desta reportagem.
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