Vítima perdeu parte do rim e está internada. Criminoso atirou mesmo após ela entregar o celular. Fabrine Barbosa da Silva, mais conhecida como Fanny, está internada com uma bala alojada no quadril após ser baleada durante um assalto, em Fortaleza.
Arquivo pessoal
Fabrine Barbosa da Silva, jovem natural do Acre baleada durante um assalto em Fortaleza, chegou a questionar o criminoso sobre o tiro que levou:
“Escutei o disparo, me virei atordoada tentando assimilar o que tinha acontecido. Escutei ela gritando: ‘Por que você fez isso comigo? Por que você atirou em mim se eu entreguei o celular para você? A vida de um ser humano vale menos que um celular?'”, relatou Renata Oliveira da Silva, esposa da vítima.
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Fabrine, mais conhecida como Fanny, está internada com uma bala alojada no quadril. Ela estava sentada em frente a uma oficina mecânica, aguardando a troca do óleo da moto, quando foi abordada por um assaltante, que pediu o celular dela. Mesmo entregando o aparelho, o suspeito atirou, deixando a jovem ferida. O caso aconteceu na tarde do último sábado (1°) no Bairro Antônio Bezerra.
“Eu entrei para fazer o pagamento na oficina e ela ficou lá fora esperando. Em menos de um minuto eu escutei o disparo. Colocaram a arma na cabeça dela, pediram o celular, ela entregou e ele disparou contra ela, mesmo ela entregando tudo que ela tinha”, relatou Renata.
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Bala alojada
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Fanny foi socorrida para o Hospital Distrital Evandro Ayres de Moura (Frotinha Antônio Bezerra), onde passou por uma cirurgia de cerca de 6 horas. Na terça-feira (04), ela foi transferida para a enfermaria, para aguardar uma nova cirurgia para retirada de um projétil que ficou alojado no quadril, na parte direita do corpo.
“Ela passou por uma laparotomia, perdeu um pedaço do rim, o intestino está ferido, ela não consegue se alimentar, tá usando sonda, uma bolsa para fazer a drenagem”, falou a esposa da vítima.
A família ainda não sabe se Fabrine vai ficar com alguma sequela do crime. Ela mora em Fortaleza há quase 10 anos. Ainda conforme a esposa de Fanny, a cirurgia de retirada da bala, no entanto, não pode ser feita, pois apresenta altos riscos.
“Sou motorista de aplicativo. Se eu não rodo, não coloco dinheiro em casa e ela está nessa situação. Ela também está desempregada, então nossa renda é mínima”, revelou Renata.
Por conta do estado delicado de Fanny, a família da acriana pede ajuda para arcar com as despesas na compra de fraldas e de outros materiais que serão usados por ela durante o tratamento médico.
“Hoje minha esposa não consegue se alimentar, não consegue andar direito, tem necessidade de coisas básicas, como itens de higiene, fraldas, coisas que o hospital não consegue fornecer. No momento a gente está com a condição financeira muito ruim, por isso precisamos dessa ajuda”, disse a esposa.
O que diz a polícia
A Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) disse em nota que a Polícia Civil está apurando as circunstâncias dessa lesão corporal.
A pasta ainda disse que uma equipe da Polícia Militar foi acionada e atendeu a ocorrência, que é investigada pelo 10º Distrito Policial (10º DP).
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