21 de setembro de 2024

Adepará comemora eficácia das ações de contenção da mosca-da-carambola em Oriximiná e Terra Santa

Conforme o Programa Estadual de Erradicação da Mosca (GPEMF), o inseto pode ter sido disseminado no oeste do Pará por meio da divisa com os estados onde a praga está presente. Mosca-da-carambola
Divulgação
Os municípios de Oriximiná e Terra Santa, na região oeste do Pará, já não registram a presença da mosca-da-carambola (Bactrocera carambolae) durante os monitoramentos realizados. Esse resultado, de acordo com a Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará (Adepará), se deve ao intenso trabalho de controle realizado no ano passado pelas equipes do órgão.
✅ Clique aqui e siga o canal g1 Santarém e Região no WhatsApp
Em 2023, foram encontrados exemplares da praga em frutos hospedeiros nos dois municípios e foi preciso intensificar as ações de contenção, pois o inseto é considerado uma das maiores ameaças à fruticultura nacional.
Conforme o Programa Estadual de Erradicação da Mosca (GPEMF), o inseto pode ter sido disseminado no oeste do Pará por meio da divisa com os estados onde a praga está presente. Mas a Agência ainda está realizando um trabalho de levantamento das rotas de risco para precisar se a entrada da praga se deu pelo trânsito de frutos hospedeiros, que é uma prática muito comum entre os moradores dessas regiões.
Nos municípios de Oriximiná e Terra Santa, os técnicos observaram a existência de muitos quintais com árvores frutíferas, o que acaba se tornando um risco de disseminação da praga.
Trabalho de monitoramento realizado por técnicos da Adepará
Divulgação
Para o êxito das ações, a Adepará reforçou a vigilância, realizando o monitoramento da mosca da carambola, instalação de mais armadilhas para captura do inseto e coleta de frutos. Realizou também atividades de educação fitossanitária nos portos, terminais, escolas, comércio e feiras, sensibilizando a população com informações sobre a praga. Além disso, intensificou o trabalho de fiscalização agropecuária para evitar o trânsito de frutos hospedeiros para municípios sem a presença do inseto.
Armadilhas
A Adepará atua de forma permanente para o controle da praga no território paraense. O monitoramento do inseto é constante, explica o Fiscal Agropecuário e Gerente do Programa, Adalberto Tavares. Segundo ele, o sistema de vigilância, que utiliza armadilhas para a captura do inseto, foi extremamente eficaz. Esse sistema é usado nas três áreas em que o estado foi dividido: área sob quarentena, zona tampão e área sem detecção.
Atualmente, a Adepará utiliza dois tipos de armadilhas para a captura da mosca da carambola no Estado. A Jackson que utiliza um feromônio sexual para atrair os machos da espécie e a MacPhil, que usa uma proteína que simula alimento para as moscas. No ano passado, as armadilhas instaladas em todo o Estado obtiveram avanços importantes, conforme o Plano de Trabalho elaborado.
Armadilhas são utilizadas para captura dos insetos
Divulgação
“Nós instalamos mais de 2 mil armadilhas nos 144 municípios paraenses. A maior parte está localizada em municípios onde não existe a presença da praga, uma forma de manter o Estado monitorando a presença ou ausência da mosca da carambola, possibilitando uma ação rápida das nossas equipes, caso surja uma emergência fitossanitária”, disse o gerente.
O gerente aponta como um diferencial para o sucesso das ações, a atuação de supervisores do programa (engenheiros agrônomos da Agência de Defesa), que receberam capacitação para melhor desempenhar e orientar os técnicos que executam as atividades de campo.
O diretor geral da Adepará, Jamir Macedo, ressalta que as ações de contenção para a eliminação do inseto foram iniciadas em menos de 12 horas a partir da notificação da detecção da praga, o que garantiu maior eficácia no resultado dos trabalhos executados pelos fiscais e agentes agropecuários.
Técnicos da Adepará analisam insetos capturados pelas armadilhas
Divulgação
“O trabalho ágil e eficiente do corpo técnico da Adepará, bem como a parceria com as prefeituras locais, evitou prejuízos para os cultivos agrícolas locais. A Agência de Defesa ressalta que as ações de combate ao inseto contribuem para manter a sanidade dos cultivos agrícolas no território paraense e o status sanitário do Pará, o que fortalece a nossa agricultura e preserva a nossa pauta de exportação de frutos”, disse o diretor.
Contribuição nacional
Houve uma consulta pública sobre Portaria do MAPA, que estabelece os procedimentos operacionais para as ações de vigilância, contenção, supressão e erradicação da praga quarentenária presente Bactrocera carambolae, em que a Adepará contribuiu com informações relevantes ao Programa.
Ameaça à fruticultura
A mosca-da-carambola (Bactrocera carambolae) é identificada como praga quarentenária, isto é, de grande importância econômica para a área afetada. O inseto é considerado uma das maiores ameaças à fruticultura nacional. Seus hospedeiros preferenciais são mais de 30 tipos de frutas.
Borrifação é realizada para controle de pragas
Divulgação
A presença da mosca pode causar graves prejuízos à cadeia produtiva da fruticultura do Pará. Por isso, a Adepará atua em quatro frentes de trabalho: Contenção, Monitoramento, Educação Fitossanitária e Vigilância do Trânsito Agropecuário. Tudo para evitar a disseminação da praga da Área de Foco para Áreas indenes, que ocorre através do trânsito de frutos de espécies hospedeiras contaminadas, acarretando impactos econômicos e sociais.
VÍDEOS: Mais vistos do g1 Santarém e Região

Mais Notícias