28 de dezembro de 2024

Adolescente depõe contra o pai em julgamento por assassinato da mãe e aponta comportamento violento em casa: ‘Me bateu com muita força’

Ana Beatriz tem 15 anos e estava na escola quando a mãe foi assassinada. Advogada Maria Aparecida da Silva Bezerra foi morta a facadas dentro de casa. Defesa alega insanidade mental. Advogada Maria Aparecida foi morta a facadas pelo marido Alison Bezerra no Antares, em Maceió, em julho de 2022
Arquivo pessoal
Ana Beatriz Bezerra da Silva, de 15 anos, prestou depoimento nesta terça-feira (6) no júri onde o seu pai aparece como réu pelo assassinato da sua mãe. A adolescente falou sobre o histórico de violência de Alison José Bezerra da Silva, acusado de matar a advogada Maria Aparecida da Silva Bezerra, no bairro do Antares, em Maceió.
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Durante o seu depoimento, a adolescente relatou que os pais viviam um relacionamento conturbado e que Maria Aparecida era vigiada por câmeras de monitoramento quando o pai não estava em casa. A adolescente citou episódios em que ela e o irmão, de 12 anos, foram agredidos.
“Uma vez o carro estava com poeira e, como de costume, escrevi o meu nome nele e ele me bateu com muita força por isso”.
A menina disse ainda que Alisson agrediu a sua avó materna. A adolescente reconheceu que a mãe era dependente emocional e que não conseguia pôr um fim ao relacionamento. Chamando o pai sempre pelo primeiro nome durante todo o depoimento, Ana Beatriz disse que só descansaria quando o assassino de sua mãe fosse condenado.
“Estou preparada para ir até o fim lutando por ela. Não vou descansar até o assassino dela ser condenado”, disse.
Irmã e a filha da advogada falam sobre morte de Maria
Reprodução/TV Gazeta
Alison Bezerra matou a esposa Maria Aparecida com 14 facadas, na manhã de 21 de julho de 2022, na casa da família no loteamento Casa Forte, no bairro do Antares. Ele é acusado de homicídio triplamente qualificado (motivo torpe, meio cruel e feminicídio).
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Durante depoimento nesta terça, a defesa do réu alegou insanidade mental e colocou um psiquiatra para prestar depoimento a favor de Alisson, mas o profissional foi dispensando pelo júri.
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