22 de outubro de 2024

Advogado é preso suspeito colaborar com esquema de tráfico de drogas e lavagem de dinheiro em Teresina

Prisão foi parte da 2ª fase da Operação Fragmentado, do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco). Esquema também articulou para que namorada de preso se passasse por advogada para entrar em presídio. Advogado é suspeito de ajudar na continuação de esquema de tráfico de drogas e lavagem de dinheiro em Teresina
Divulgação/MPPI
Um advogado, identificado apenas pelas iniciais D. P. S., foi preso, nesta terça-feira (22), em Teresina, durante a 2ª fase da Operação Fragmentado, deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público do Piauí (MPPI) e da Polícia Civil do Piauí (PCPI).
O profissional é suspeito de colaborar com um esquema de tráfico de drogas e lavagem de dinheiro. Segundo o Gaeco, ele foi contratado pelo alvo da 1ª fase da operação, Vagner da Silva Carvalho, e estava intermediando orientações de dentro do presídio para comparsas do preso em liberdade.
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Com essas orientações, os criminosos deram continuidade ao esquema. Além de tráfico e lavagem de dinheiro, foi constatado ainda o crime de falsa identidade.
Conforme o Gaeco, advogados articularam para que a namorada de Vagner Carvalho se passasse, falsamente, por advogada para adentrar o sistema prisional do estado.
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Durante a 2ª fase, foram cumpridos, ao todo, quatro mandados de busca e apreensão e dois de prisão preventiva, sendo um destes contra o advogado. O outro alvo não foi informado pelo Gaeco.
A ação desta terça teve apoio operacional da Diretoria Especializada em Operações Policiais (DEOP), da Secretaria de Segurança Pública do Piauí (SSP-PI) e do BOPE da Polícia Militar do Piauí (PMPI).
Relembre a 1ª fase
A investigação começou após a prisão de Vagner Carvalho, suspeito de porte ilegal de arma. Ele foi preso durante uma blitz, em março de 2024, em Teresina, e se identificou como Gustavo. Os policiais descobriram que ele também se apresentava com outros dois nomes: Felipe e Rafael.
“Ou seja, é um rapaz que se apresenta com vários nomes tanto para a Justiça, como a polícia e os outros traficantes; por isso o nome da operação [Fragmentado]”, explicou o delegado Luciano Alcântara, Gaeco em entrevista na época da 1ª fase.
Por meio dele, o Gaeco descobriu o grupo criminoso e o esquema pelo qual as drogas chegavam ao Piauí. Vagner contava com duas pessoas, em Manaus, que repassavam os entorpecentes para o suspeito. A dupla também foi presa na 1ª fase da operação.
Segundo Luciano Alcântara, Vagner lavava o dinheiro do tráfico de drogas comprando imóveis e veículos em Teresina. Em menos de dois anos, o suspeito movimentou cerca de R$ 800 mil entre contas registradas nos nomes falsos que apresentava.
Um dos carregamentos de drogas, avaliado em R$ 300 mil, foi apreendido no Pará e desencadeou a 1ª fase da operação, que encontrou quase R$ 18 mil em espécie na casa de outro alvo.
Ao todo, 14 mandados de prisão e 15 de busca e apreensão foram cumpridos no Piauí, Maranhão e Amazonas, com o apoio dos Gaecos dos Ministérios Públicos dos outros dois estados.
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